quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

A carne barata das crianças palestinas

Reinaldo Azevedo
Certo! Pode-se afirmar que os militantes do Hamás só usam cadáveres de crianças como bandeiras porque, afinal, há cadáveres de crianças. Sem dúvida, em qualquer guerra, elas são as vítimas que mais chocam e constrangem. Mas o que os terroristas fizeram para poupá-las? Nada! Ao contrário! A carne das crianças palestinas, ou das crianças libanesas do Sul do Líbano, são as mais baratas do Oriente Médio. Os militantes do Hamás e do Hezbolhah, respectivamente, escondem-se em meio à população civil. A cada criança morta, um triunfo. A imprensa dos países islâmicos faz o uso esperado dos cadáveres. E a dos países ocidentais não fica atrás. A primeira investe no vitimismo; a segunda, na perversão humanista.A foto de uma criança palestina com lágrimas nos olhos vale por milhares de editoriais censurando Israel. O que sai do olhar treinado e estudado do fotógrafo assume as características de um flagrante. O que é uma escolha confunde-se com um registro objetivo da guerra. Imagens com essas características valem por perguntas: "Mas onde estão as criancinhas israelenses? Cadê os cadáveres dos infantes judeus?". Também induzem algumas respostas: "Sem elas, só se pode concluir uma coisa: trata-se de uma luta desigual! De uma reação desproporcional! Precisamos de mais cadáveres de judeus para que possamos, então, ser compreensivos com Israel".E o ato essencialmente imoral do terrorismo islâmico — mais um — perde relevo para a comoção. Mais eficientes do que os foguetes do Hamás, são os cadáveres das crianças palestinas. São bombas de efeito moral que explodem no território israelense e demonizam um país que só não foi extinto em razão da sua tenacidade — também a militar. "Ora, então Israel que evite a reação". É? E como agir, então, para conter o agressor? Reação proporcional?Reação proporcional? Deve-se levar isso a sério? Terão os israelenses de fabricar seus foguetes quase domésticos para jogar em Gaza ou no Sul do Líbano? Seria legítimo treinar homens-bomba, que morreriam, então, em nome de Iahweh? Devem os israelenses ser "proporcionais" também no nível de exposição de seu próprio povo à fúria do inimigo, de sorte que também possam exibir, com vitimismo triunfante, seus cadáveres pelas ruas, passando-os de mão em mão, numa espécie de catarse da morte?De fato, Israel não tem saída. A não ser lutar. A guerra de propaganda contra os adoradores de cadáveres, o país já perdeu. Resta-lhe fazer todos os esforços para não ser derrotado no terreno propriamente militar. É a sua contribuição do momento ao triunfo da civilização.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

A Televisão é o Meu Pastor

Fonte: http://cristo.at

Leia atentamente o Salmo 23, o salmo do bom pastor, e considere esta paráfrase do outro lado do Salmo 23, dentro de um contexto da televisão:

1. O televisor é o meu pastor e tudo me faltará.· Me faltará tempo – para ler a Bíblia e para orar; para brincar com meus filhos e ler para eles; para conversar com a minha família; para ter comunhão com meus irmãos e amigos.· Me faltará esperança – porque os noticiários me encherão de medo do futuro.· Me faltará amor – porque a violência do meu semelhante vai me incentivar a odiá-lo.· Me faltará fé – porque a minha mente estará alimentada por sentimentos de derrota, e os meus pensamentos estarão alimentados pelas circunstâncias.
2. Ele me induz a deitar-me sobre a poltrona da acomodação.· E eu fico preso, horas por dia, aos seus ensinamentos amaldiçoados.· Quando volto do trabalho, prefiro estar com ele a estar com a minha família, a visitar alguém, a ler ou a conversar.· Acho difícil me concentrar em reuniões da Igreja (são muito demoradas e maçantes), enquanto que diante da TV não vejo o tempo passar.· Enquanto o mundo “acontece” diante dos meus olhos, meu tempo de servir a Deus se escoa pelos esgotos imundos.
3. Ele me leva a beber águas poluídas e contaminadas.· Medito o dia inteiro no que vejo na TV – na injustiça, na pornografia, na violência, na corrupção, na crueldade.· Vivo entorpecido pelo engano do diabo, pelo pecado, pelo mundanismo e pela minha própria carnalidade.· Quando não tenho tempo de estar com o meu televisor, sinto saudades dele.
4. Minh’alma vive em tormento.· Não consigo viver por fé no que Deus promete, se o que “vejo” é tão contrário ao que a Palavra de Deus me diz.· Passo meus dias preocupado – com o futuro, com o dinheiro, com o suprimento.· Nem durmo bem à noite, nas poucas horas que o televisor me autoriza a dormir!
5. Guia-me pelos caminhos do pecado.· Ele apaga da minha mente o sentido da palavra santidade.· A porta larga é o caminho que estou escolhendo seguir porque acho o caminho estreito de Jesus algo ridículo (e intangível).
6. Ainda que eu visite a Igreja ou leia a Bíblia de vez em quando, mesmo assim, vivo cheio de medo.· Tenho medo de perder a saúde, o emprego, o dinheiro, a família.· Tenho medo de ser diminuído, desconsiderado, humilhado, criticado.· Tenho medo do dia de amanhã.· Tenho medo da vida; tenho medo da morte.
7. Porque não consigo desligar o meu televisor...· Todo primeiro dia do ano, prometo, a mim mesmo, que vou começar uma vida nova – com mais compromisso e responsabilidade pelo encargo de Deus.· Meu televisor não me permite cumprir as minhas promessas.
8. ...o seu domínio me atormenta.· Se agendo um compromisso, quando “converso” com meu televisor, ele me convence a esquecê-lo, em favor de uma de suas programações convincentes.· Invento qualquer desculpa para não perder nenhum capítulo dos seus seriados “picantes”.· Novelas me atraem, filmes me atraem, programas de humor me atraem, noticiários me atraem, programas de auditório me atraem.· E essa atração me domina completamente.· Estou praticando a mentira!
9. Quando me defronto com os meus inimigos, sinto-me impotente – e fujo deles correndo!· Não prego o Evangelho para ninguém, porque sinto vergonha de falar de algo tão “fora da realidade” como a Palavra de Deus.· Não sou capaz de orar por um enfermo. Afinal, se ele não for curado – como ficará a minha reputação? Mesmo porque, também não acredito que possa sê-lo!· Se vejo alguém com problemas, eu me calo. Afinal, não consigo vencer nem as minhas próprias lutas...; o que poderia falar a outros?
10. A unção de Deus me falta.· Se vou orar, não tenho assunto com Deus.· Tenho facilidade para reclamar e não encontro motivos para louvar a Deus.· Se passo por dificuldades, vejo milhões de gigantes, e me escondo de Deus.· Eu poderia chorar diante de Deus, mas me faltam lágrimas.· Não posso ajudar a ninguém, visto que também preciso sempre de ajuda.· Eu moro em um deserto e estou completamente seco.
11. Imoralidade, violência e vaidade certamente me seguirão todos os dias da minha vida...· Não sei o que posso fazer para mudar o curso da minha vida.· Desligar o meu televisor não posso – não conseguiria viver sem diversão e entretenimento.· Sinto que o meu futuro será como o presente: cheio de desânimo, incredulidade, resistências espirituais, maldições não quebradas e derrotas.· Minha “mesa” estará farta de comida podre – recheada de fezes!
12. ...e perderei o Reino do Senhor, padecendo horrores na tribulação longe da Casa do Senhor.· Não tenho motivação para fazer nada que corte a entrada do mundo, do pecado e dos conselhos de Satanás em minha casa.· Meu futuro está garantido longo do Reino. Mas isso não importa..., afinal, estou salvo. Não acho que o galardão seja tão importante assim...· Devo confessar essa palavra, crendo que sucederá: - O Reino virá, mas eu não farei parte dele, porque Deus disse que ele é para os crentes vencedores e eu sou um derrotado!

Oração de combate:“Senhor! Abre os olhos espirituais dos teus filhos, para que fechem a torneira da enxurrada do mundo em sua mente – ligada diretamente à fonte do propósito de Satanás: matar, roubar e destruir a comunhão, a adoração, a posição e a manifestação daqueles que têm sido chamados segundo o teu propósito!”

Visão, Amor pelo Perdidos e Disposição

Fonte: JMN/IPB

Para iniciar um trabalho missionário numa igreja, é necessário primeiramente que, aquelas pessoas interessadas em fazê-lo, se prontifiquem a compreender a vontade de Deus em relação ao assunto. Para isso, precisam ter a visão certa: a visão de Deus. Então podemos fazer algumas perguntas para entendermos melhor sobre essa necessidade.
- O que você sente no coração quando ouve alguém falar sobre as necessidades do mundo?
- Idéias novas e diferentes surgem em sua mente quando alguém lhe fala sobre missões?
- Você ora constantemente pelos missionários que estão no campo?
- Você tem influenciado outros para se envolverem com missões?
- Quando alguém compartilha contigo a respeito do seu chamado, você o incentiva a continuar?
- Você já mobilizou pessoas alguma vez a enviar uma oferta missionária para missões?
- Você gosta de participar de conferências, congressos, acampamentos que abordam o tema missões?
- Você envia periodicamente oferta para algum missionário no campo?
Deu para sentir que as perguntas acima apontam uma ligação inquebrável das três áreas necessárias na vida da igreja, para alguém iniciar um departamento missionário. Essas áreas são, na verdade, a essência do compromisso missionário que todo cristão deve ter no seu dia a dia, elas são:
VISÃO + AMOR PELOS PERDIDOS + DISPOSIÇÃO = M I S S Õ E S
Mais de dois bilhões e setecentos milhões de seres humanos, número que representa cerca de dois terços da humanidade, ainda não foram evangelizados. Sentimo-nos envergonhados da nossa negligência para com tanta gente; continua sendo uma reprimenda para nós e para toda a Igreja. Há, no momento, todavia, em muitas partes do mundo, uma receptividade sem precedentes para com o Senhor Jesus Cristo. Estamos convictos de que esta é a hora de as igrejas e outras instituições orarem fervorosamente pela salvação do povo não evangelizado e de lançarem novos programas visando a evangelização total do mundo.
(CONGRESSO INTERNACIONAL DE EVANGELIZAÇÃO MUNDIAL, Lausanne)
"E disse-lhes: Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura"
(Marcos 16:15).
As Boas Novas do Evangelho foram deixadas na terra por Jesus, para toda a raça humana. Por isso, devemos ir por todo mundo, e não apenas para algumas regiões. O "Ide" é imperativo e não opcional. Este é o nosso chamado como corpo de Cristo, é a nossa responsabilidade: ir e pregar o evangelho.
VISÃO -Olhar para o mundo sob a perspectiva bíblica. Saber que Jesus morreu por todos os homens. Conhecer as necessidades do homem e ter a verdadeira consciência sobre as responsabilidades conferidas a você para mudar tal situação.
AMOR PELOS PERDIDOS -Uma paixão desenfreada por aqueles que se perdem no mundo. Preocupação autêntica com as pessoas que ainda não foram alcançadas pelo evangelho. Sofrimento e dor quando ouve alguma notícia sobre a situação caótica da raça humana. Sente a responsabilidade de mudar a situação.
DISPOSIÇÃO - Levanta-se para fazer algo concreto em benefício das pessoas. Não mede esforços para trabalhar na casa de Deus. Está sempre alegre em saber que tudo aquilo que é feito para a obra de Deus é bom e satisfatório. Não importa o resultado imediato, o importante é que o nome do Senhor está sendo glorificado. Dispõe-se debaixo de uma vívida e empolgante responsabilidade para mudar a situação.
Visão = Conhecer a responsabilidade.Amor pelos perdidos = Sentir a responsabilidade.Disposição = Agir sob a responsabilidade.
Fazer missões é algo imperativo para o povo de Cristo. O "Ide" é uma ordem do próprio Senhor Jesus.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Pastores e Lobos; Ovelhas e Bodes

Isaltino Gomes Coelho Filho

Duas pessoas amigas me enviaram uma mensagem intitulada “Pastores e lobos”, mostrando as diferenças entre o realmente pastor e o que é um lobo e se aproveita do rebanho. Sei que as duas não quiseram me enquadrar como lobo. Elas me conhecem, sabem de minha vida ministerial, respeitam-me e damo-nos bem. Foi para uma reflexão necessária, e até um desabafo delas, com tantos aproveitadores.
A ambas, respeitosamente, disse que não via como carapuça, mas gostaria de mostrar outro aspecto. Gostaria que alguém escrevesse sobre “ovelhas e bodes”. Pois assim como há lobos disfarçados de pastores, há bodes mascarados de ovelhas. Ovelhas são dóceis, dão lã e seguem o líder. São úteis e boas de se trabalhar. Bodes dão marrada, cheiram mal, alimentam-se até de lixo, e embora tenham utilidade, são problemáticos. Não sou uma autoridade “bodal” e talvez falhe na análise do bode, mas peguei carona na palavra de um pastor que ofendido por um membro da sua igreja (chamam a isso de “confrontar”) que alegou que não tinha pastor, e que ele nunca fora um pastor para ele, respondeu-lhe calmamente: “Mas você não é ovelha; você é bode. Você dá marradas para não ser guiado”. Alguma autoridade em vida caprina poderá destacar as virtudes do bode, mas é neste contexto que falo.
Deus é testemunha do que falo: se eu fosse Deus (por favor, isto é retórica) não chamaria um sujeito como eu para o ministério. Não sou digno do ministério. Não estou só. Paulo não se achava digno de ser apóstolo. Perseguira a igreja de Deus. Eu não sou digno pelas minhas falhas. O pastor que me batizou, Pr. Falcão, em entrevista a uma finada revista denominacional, declarou, nos anos sessentas, na minha adolescência: “As minhas limitações me frustram”. As minhas me arrasam. Mas também uso as palavras de Paulo: “Pela graça de Deus sou o que sou”. E me escoro nas palavras de Deus a ele: “A minha graça te basta”. Pela graça de Deus sou pastor. Só por ela. Isto basta.
Mas e o bode? É aquele crente marrento, que pula de igreja em igreja, sempre criticando os irmãos. Sempre vendo defeitos nas igrejas. Sempre reclamando e nada fazendo para melhorar. É mestre em apedrejar. Não constrói. Chega a uma igreja e parece carro queimando óleo e com escapamento aberto. Faz um barulhão danado, mas andar que é bom, nada. Faz movimento, agita, tem seus projetos personalistas (o bode gosta de “eu” e “meu”, não de “nós” e “nosso”), tumultua, cria problemas, depois vai agitar em outro lugar. Não pára em igreja alguma. Pondo-se na balança o que ele fez de bom pesa menos que borboleta.
O bode é o crente não dizimista, que combate o dízimo, mas tem todas as soluções para a vida financeira da igreja. Que critica a liderança, mas não se qualifica para exercê-la. Que vê as falhas dos irmãos, mas não ora por eles, nem se solidariza nos momentos difíceis. Que se alheia e não se envolve. É assistente e não participante. Desfruta, mas não investe. Ovelha dá prazer. Bode traz dor.
Deus é testemunha. Peço diariamente que ele me torne digno de ser pastor. Sem falsa espiritualidade, já chorei pedindo-lhe que me faça uma pessoa melhor, um homem melhor, um pastor melhor. Minhas limitações me arrasam. Quero ser pastor, não lobo.
Cada ovelha deve pedir todos os dias a Deus que não a deixe ser bode. Que seja pessoa apascentável, e não elemento desagregador. Muito pastor dará contas a Deus de sua “lobice”. Isto me atemoriza. E muitas ovelhas darão contas a Deus de sua “bodice”. Se você se julga ovelha, seja uma ovelha, não um bode. E ore por mim e pelos demais pastores, para que sejamos PASTORES. E seja OVELHA.
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