terça-feira, 17 de março de 2009

Darwin; evolução e bom senso

Mauro Clark

Um longo artigo na Veja dedicado a Charles Darwin, inicia dizendo: "As idéias revolucionárias do naturalista inglês... são os pilares da biologia e da genética e estão presentes em muitas áreas da ciência moderna. O mistério é por que tanta gente ainda reluta em aceitar que o homem é o resultado da evolução" (negrito meu). O artigo - ferino contra os que crêem numa Criação feita por Deus - é assinado pela jornalista Gabriela Carelli.

Um diagrama do próprio artigo informa (ou desinforma???) que no período pré-cambriano, iniciado há 4,5 bilhões, surge a bactéria unicelular, o organismo vivo mais antigo que se conhece.
Para o leitor criacionista, surge a pergunta óbvia: E como a ciência explica o surgimento dessa tal bactéria unicelular?
A jornalista ainda tenta argumentar: "A ciência não tem respostas para todas as perguntas. Não sabe, por exemplo, o que existia antes do Big Bang, que deu origem ao universo há 13,7 bilhões de anos. Nosso conhecimento só começa três minutos depois do evento, quando as leis da física passaram a existir”.
Em suma: ao mesmo tempo em que se admira pela recusa de muitos em aceitar que o homem veio de uma bactéria unicelular, a autora reconhece explicitamente que a ciência NÃO explica o surgimento da tal bactéria. Ora, se uma teoria não explica a ORIGEM da vida, como pretende pontificar sobre os desdobramentos dessa vida que não sabe como começou? Para mim, essa incoerência de pessoas tão afeitas à rigorosa “metodologia científica”, é que é um grande mistério.
Vou além. Se os evolucionistas não conseguem explicar a verdadeira ORIGEM das coisas, por que taxam de anticientíficos os que oferecem uma explicação? Quem crê na Criação divina não está indo contra a ciência. Apenas conseguiu se definir convictamente (por fé) num ponto em que os darwinistas não conseguem explicar com a sua adorada ciência. E se não explicam cientificamente, mas se limitam a imaginar um grande evento cataclísmico que explicaria tudo, também estão exercendo uma espécie de fé. Se o assunto vira questão de fé, onde está a propaldada atitude anticientífica dos criacionistas?
E Gabriela Carelli, criticando os criacionistas, ainda vem falar de bom senso, dizendo: “Manda o bom senso que não se misturem ciência e religião”.

Bom senso mesmo seria enxergar que ao adentrarem no terreno misterioso das especulações sobre o que ocorreu antes do tal Big Bang, os evolucionistas estão criando a sua própria religião.

Bom senso mesmo seria entender que, ao crerem no Deus único que criou e mantém tudo o que existe, os criacionistas NÃO estão misturando ciência e religião, mas lúcida e coerentemente subjugando a ciência nas mãos desse Deus.

Bom senso mesmo seria reconhecer que a explicação oferecida no artigo para o início da ciência é profundamente... anticientífica!

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