quarta-feira, 7 de outubro de 2009

A Igreja que não existe mais

Ariovaldo Ramos

“Todos os que criam estavam unidos e tinham tudo em comum. E vendiam suas propriedades e bens e os repartiam por todos, segundo a necessidade de cada um. E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E cada dia acrescentava-lhes o Senhor os que iam sendo salvos.” At 2:43-47

Na época do surgimento da Igreja do Novo Testamento, a palavra igreja significava, apenas, uma reunião qualquer de um grupo organizado ou não. Assim, o texto nos revela que havia um grupo organizado em torno de sua fé (Todos os que criam estavam unidos) – todos acreditavam em Cristo.

Segundo o texto, os participantes do grupo do Cristo não tinham propriedade pessoal, tudo era de todos (tinham tudo em comum) – os membros desse grupo vendiam suas propriedades e bens e repartiam por todos – e isso era administrado a partir da necessidade de cada um; e se reuniam todos os dias no templo; e pensavam todos do mesmo jeito, primando pelo mesmo padrão de vida (unânimes); e comiam juntos todos os dias, repartidos em casas, que, agora, eram de todos, uma vez que não havia mais propriedade particular; e eram alegres e de coração simples; e viviam a louvar a Deus; e todo o povo gostava deles, e o grupo crescia diariamente. Diariamente, portanto, havia gente acreditando em Cristo, se unindo ao grupo, abrindo mão de suas propriedades e bens e colocando tudo à disposição de todos.

Essa Igreja era a Comunhão dos santos – chamados e trazidos para fora do império das trevas, para servirem ao Criador, no Reino da Luz.

Essa Igreja não precisava orar por necessidades materiais e sociais, bastava contar para os irmãos, que a comunidade resolvia a necessidade deles.

Deus havia respondido, a priori, todas as orações por necessidades materiais e sociais, fazendo surgir uma comunidade solidária.

O pedido: “O pão nosso de cada dia, dá-nos hoje." (Mt 6.9) estava respondido, e diariamente.
Então, para haver o “pão nosso” não pode haver o pão, o bem ou a propriedade minha, todos os bens e propriedades têm de ser de todos.

Mais tarde, eles elegeram um grupo de pessoas, chamadas de diáconos – garçons, para cuidar disso (At 6.3). Então, diante de qualquer necessidade, bastava procurar os garçons, que a comunidade cuidava de tudo. Era o princípio do direito: se alguém tinha uma necessidade, a comunidade tinha um dever.

Essa Igreja não existe mais!

“Está doente algum de vós? Chame os anciãos da igreja, e estes orem sobre ele, ungido-o com óleo em nome do Senhor; e a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados.” Tg 5.14-15

Os membros da comunidade do Cristo não precisavam orar por cura física, bastava procurar os presbíteros: lideres eleitos pelo povo, a partir de suas qualidades como cristãos (1Tm 3.1-7); que eles ungiriam com óleo, que representa a ação do Espírito Santo, porque é o Espírito Santo, quem unge e cura (Lc 4.18), e a pessoa seria curada; claro, sempre segundo a vontade do Senhor, porque essa é a regra de ouro: “Venha o teu Reino, seja feita a tua vontade, assim na Terra como no Céu." (Mt 6.10)

Os crentes em Jesus de Nazaré, não precisavam fazer varredura espiritual para ver se tinham qualquer problema, parecido com o que hoje é chamado de maldição hereditária, ou similar. A oração dos presbíteros ministrava o perdão de Deus, conquistado por Cristo na cruz e na ressurreição.

Deus havia respondido todas as orações por cura física pela instituição de presbíteros, que tinham a autoridade para ministrar o poder de Cristo sobre a enfermidade, segundo a vontade de Deus, dependendo, portanto, apenas, do que o Altíssimo tivesse decidido sobre a pessoa em questão.

Essa Igreja não existe mais!

Pelo que orava a Igreja do Novo Testamento?

“Mas eles ainda os ameaçaram mais, e, não achando motivo para os castigar, soltaram-nos, por causa do povo; porque todos glorificavam a Deus pelo que acontecera; pois tinha mais de quarenta anos o homem em quem se operara esta cura milagrosa. E soltos eles, foram para os seus, e contaram tudo o que lhes haviam dito os principais sacerdotes e os anciãos. Ao ouvirem isto, levantaram unanimemente a voz a Deus e disseram: Senhor, tu que fizeste o céu, a terra, o mar, e tudo o que neles há; que pelo Espírito Santo, por boca de nosso pai Davi, teu servo, disseste: Por que se enfureceram os gentios, e os povos imaginaram coisas vãs? Levantaram-se os reis da terra, e as autoridades ajuntaram-se à uma, contra o Senhor e contra o seu Ungido. Porque verdadeiramente se ajuntaram, nesta cidade, contra o teu santo Servo Jesus, ao qual ungiste, não só Herodes, mas também Pôncio Pilatos com os gentios e os povos de Israel; para fazerem tudo o que a tua mão e o teu conselho predeterminaram que se fizesse. Agora pois, ó Senhor, olha para as suas ameaças, e concede aos teus servos que falem com toda a intrepidez a tua palavra, enquanto estendes a mão para curar e para que se façam sinais e prodígios pelo nome de teu santo Servo Jesus. E, tendo eles orado, tremeu o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo, e anunciavam com intrepidez a palavra de Deus.” At 4.21-31

Oravam para que nenhum sofrimento os impedisse de glorificar a Cristo, de anunciá-lo com coragem e determinação – o Cristo que eles viviam diariamente pela fraternidade solidária. Oravam por missão!

Para além da Igreja que está sob perseguição, não há sinal de que essa Igreja ainda exista!
O que existe?

- A Comunhão dos santos existe na realidade da Igreja invisível. Mas, que relevância tem na história uma igreja invisível?

- Ajuntamentos cúlticos – há os que procuram se pautam pela Bíblia, e os que nem tanto.

- Instituições – (muitas e cada vez mais) há as que ainda tentam ser apenas um odre para o vinho, e as que nem tanto.

- Discursos sobre Cristo e sua obra – há os que falam sobre Jesus, segundo a Bíblia, e os que nem tanto.

- Conversões pessoais – há as que trazem marcas do Novo Testamento, e as que nem tanto.

- Missionários – há os que pregam a Cristo, sua morte e ressurreição, e os que nem tanto. O apoio ao missionário está mais para esmola do que para sustento.

- Ação social – há as que querem emancipar o pobre, por amor a Cristo, e as que nem tanto.

- Pastores e Lideres – há os que tentam alcançar o padrão dos presbíteros do Novo Testamento, e os que tanto menos.

- Títulos - em profusão, constratanto com a escassez de irmãos.

- Orações - principalmente, por necessidades materiais, sociais e de cura, que parecem não ser respondidas, pelo menos, não a contento.

- Milagres – (mas pessoais) a misericórdia divina continua se manifestando, porém, não se entende mais o princípio de sua ação.

- Ministérios – há os que são ministros (servos), e os que nem tanto.

- Riqueza – Instituições estão cada vez mais ricas, e há os que usufruem da mesma.

- Irmãos e irmãs que amam a Cristo e a Igreja, mas que estão cada vez mais confusos sobre o que estão assistindo – e há, cada vez mais, um amor em crise.

E ecoa a voz do Cristo: Contudo quando vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra? (Lc 18.8)

Talvez, ainda haja tempo de pedir perdão!
Fonte: http://www.irmaos.com/ariovaldoramos

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Um Valdemiro Santiago como você nunca viu...

Danilo Fernandes
Revoltante. Nojento!
Quem são estas pessoas que esfregam as mãos no “apóstolo dos fluidos corporais”, na busca desesperada por um bocadinho de suor ungido? (Veja o vídeo)
São as mesmas que outro dia mesmo subiam as escadarias da Igreja da Penha de joelhos, lambuzavam-se com óleo santo, engoliam pílulas de papel, traziam santos pintados e vestidos feito boneca para passarem o fim-de-semana em suas casas, faziam psicanálise com preto velho, tinham suas mãos lidas nas paradas de ônibus, jogavam flores ao mar, acendiam velas em esquinas, davam de beber ao chão, desfilavam longas ladainhas aos mortos, alisavam figuras de pedra e pau, adoravam um cristo de madeira ou em medalhas beijadas e lambidas. São estes! Os mesmos. Não outros.
Cegos que lustravam os longos corrimãos que levavam às salas de ex-votos nas catedrais, idolatras que imitavam a Cristo somente ao carregar pesadas cruzes em procissões, tolos que barganhavam regalias mágicas por pratos de farofa e garrafas de cachaça nos centros de macumba, feiticeiros domésticos que enchiam pratos com papel e mel e, quando ecológicos, distribuíam gnomos coloridos por entre os livros e badulaques nas estantes de suas casas.
Ah! Mas não! O Valdemiro não incentiva estas coisas... Ele cura em nome de Jesus!
Sim! Certamente! E como “Gizuz”, vende seus lenços suados e suas rosas ungidas no fim das pregações, pega seu BMW e ruma para a próxima catedral...
Não! De forma alguma! Não toque no ungido! Ele expulsa demônios das pessoas em nome de Jesus!
Sim! Claro! Um santo! Que igual a “Gizuz”, entoa leilões de ofertas no fim da pregação e bênçãos sem medida!
Opa! Quase esqueci! Para quem deu acima de R$ 1.000,00, o ungido bota a cara do pobre contribuinte debaixo do sovaco e ora que é uma beleza...
Não! Mas não! Ele prega o Evangelho. Será? Ler a bíblia, citar versículos é pregar o evangelho? O Diabo faz isto! Fez com Jesus! Está na Bíblia! Eu o vejo passar 30% do seu tempo esculachando a concorrência. 30% apresentando curas milagrosas e sendo esfregado... 20% lendo algum versículo da bíblia descontextualizado e os 20% restantes tomando a grana da galera! E o Evangelho do Reino? A mensagem de salvação? Alguém ouve?
Alguém já ouviu o Valdemiro clamar ao povo que se arrependa de sua idolatria, de seus pecados e siga a Jesus? Não a ele? Não a sua igreja? Siga e imite JESUS? Creio que não!
Mas calma lá! Ao menos a água que ele toma é 100% Jesus! Sim da marca 100% mineral! 100% gospel!
Ouvi de alguns pastores de igrejas tradicionais: “Pobres destes irmãos desviados e enganados por estes vendilhões da fé”. Os vendilhões estão ai. Antes estavam em outros lugares mais na moda... Desviados, já não sei. Desviados de onde? Teriam estas pessoas conhecido Cristo? Por quem foram discipuladas? Conheceram o Evangelho? Que “evangelho”? Que desviadas que nada! Para estar desviado era preciso antes estar no Caminho, diga-se: o ÚNICO. Era preciso antes terem se arrependido de sua idolatria! Estavam estas pessoas antes buscando o Reino e Sua Justiça? Creio que não!
Esta gente sempre esteve onde está agora! Atrás de uma promessa qualquer obtida à custa de um “toma-lá dá-cá” mal disfarçado de feitiçaria envolvendo um pequeno sacrifício financeiro, ou físico, em troca de um pedido urgente. Fé? Está mais para “fezinha”, jogo “de roleta”. Apostas bem espalhadas entre quase todas as opções da mesa religiosa, cobrindo os “sete cantos”. Um vai ter de me ajudar! Ou quem sabe carregar! Risos!
Para estas pessoas, o Senhor Jesus é mais uma “entidade” que se coloca contra a parede em troca da promessa de um boquirroto qualquer. Antes era o “Santo Antônio” virado de ponta a cabeça, colocado no freezer, até o infeliz trazer o príncipe encantado! Agora é o desafio financeiro da “fogueira santa”!
Cobras! Raça de víboras!
Um dia dirão: “Jesus, Jesus...” e ouvirão “um não te conheço”. Argumentarão: “mas Senhor eu li a Bíblia eu te aceitei...”. Podem bem ouvir: Sim, mas também ao Papa, ao Valdemiro, ao São Jorge, ao feiticeiro, à cigana, ao Buda, à Maomé, etc.
Qual é a diferença? A diferença é que agora estas pessoas se dizem crentes, decoram suas cabeceiras com a Bíblia, guardaram as estátuas no armário mais alto (melhor não jogar fora...) e seguem líderes que também se dizem crentes e vão todas felizes e saltitantes para o quinto dos infernos!
Vamos acordá-las antes que seja tarde ou seguimos sem “tocar nos ungidos”, nos confortando com o fato de que ao menos se trata de uma macumba gospel e desejando, do fundo do coração, que algo de bom saia daí e, quem sabe um dia, este pessoal encontre a Jesus?
Meu irmão, minha irmã! Vamos ao menos acender uma luz para eles? Que tal trocar a hipocrisia e o falso pietismo, que faz a maioria se calar em nome de uma pretensa “atitude cristã” e berrar aos quatro cantos que estes irmãos estão sendo enganados por falsos profetas? Eles estão tropeçando nos seus próprios cadáveres e nós estamos fazendo o que?
Eu te digo o que: Nós estamos batendo palmas para “apóstolo macumbeiro”, para “igreja aborteira”, para “o evangelho sem arrependimento”, “para a teologia do dinheiro do apóstolo alado” e, quando sobra tempo, fazemos caretinha hipócrita, recriminadora, para quem tem coragem de levantar a voz e dizer a verdade sobre este bando de salafrários! Sniff Sniff Não devemos julgar!
Talvez, diante de QUEM realmente importa, eu venha a ouvir que acusei, exagerei... Talvez o Senhor me admoeste pela minha ira incontida e meu nojo, antes da compreensão...
Que Deus me oriente... Mas hoje, do jeito que a coisa vai, prefiro estar entre os que pregam aos drogados, entre os que evangelizam prostitutas, entre os que compreendem os miseráveis revoltados e os criminosos que não conheceram a Jesus...
Prefiro ser condenado porque gritei alto demais do que porque fui hipócrita.
Prefiro ser condenado porque ridicularizei, do que porque relativizei.
Minhas leituras da Bíblia indicam que estarei em ótima companhia. Nas Sagradas Escrituras abundam heróis da fé irados, acusadores e escarnecedores de vendilhões e falsos profetas e não se tem noticia de “santinhos do pau oco” e hipócritas sendo benditos por Deus...

Prefiro os pastores que pregam o Evangelho em sã doutrina e Amor pelo humilde e não curam um único tumor em seus púlpitos, mas dobram os joelhos pelos seus em humildade, para depois observar milagres grandiosos nas casas de suas ovelhas no júbilo dos justos!
Prefiro os que colocam Jesus adiante de todas as coisas e, assim por trás de Sua orla, testemunham milagres muito maiores do que os que se vê na TV.
Prefiro estar com os líderes tolos que não tem avião, mas ajudam missionários no campo, do que sentar nas mesas dos apóstolos alados, dos curandeiros televisivos e dos contrabandistas da fé.
Prefiro o pastor que é homem e, como homem, sofre e é testado e tentado... Chora! Mas um dia ao pregar vê o milagre andar em sua direção! No tempo do Senhor, na dependência da Sua misericórdia. Debaixo da Graça!
Prefiro olhar as obras do coração e da Salvação... Drogados e bandidos virados obreiros não me comovem. Falidos transformados em milionários, não me enchem os olhos. Doentes curados, não me fazem dizer Glória! A MENOS QUE: estejam no Caminho de Jesus. Do Evangelho, sem marketing ou mistura. Na loucura que Paulo tanto defendeu. No AMOR. Ai, sim. Aleluia! Glórias a Deus! Porque do contrário, trata-se apenas de frivolidades e confortos de “uma sala de dentista”. Água gelada, revista nova, ar refrigerado. Inutilidades momentâneas, pois atrás da porta o que espera é BROCA!
Como se faz no twitter: #prontofalei
Veja este vídeo chocante até o final. Veja e enterre qualquer dúvida que ainda tenha sobre este homem. Se você não tiver ânsia de vômito, há algo errado com você!

Estou com vergonha de ser evangélico

Augustus Nicodemus Lopes

Leiam o que escreveu Reinaldo Azevedo por conta da presença do "apóstolo" Hernandes, a "bispa" Sônia, junto com outros "bispos" evangélicos, em cerimônia com Lula e Dilma, quando da institucionalização do dia da Marcha para Jesus. Mais importante, leiam os mais de cem comentários. Vocês vão acabar como eu, com vergonha de ser evangélico.
Os apóstolos evangélicos modernos -- bem como o católico -- são um desvio do Evangelho, uma desvalorização da autoridade dos verdadeiros apóstolos cujo ensino se encontra nas Escrituras. Eu sei que nem todos que se arrogam de apóstolo hoje foram apanhados contrabandeando dólares, mas é difícil não pensar que todos eles têm sede de mais poder e mais autoridade na hierarquia que eles mesmos criaram.
"Apóstolos" e "bispos" não representam os evangélicos, são representantes dos neopentecostais, igrejas pós-evangélicas ou neo-evangélicas, das quais os evangélicos históricos, pentecostais, tradicionais, sérios e bíblicos, se distanciam arrepiados, horrorizados e com vergonha. Apesar disto, somos confundidos com eles e sempre sobra para nós. Lula e Dilma têm o direito de receber quem quiserem. Mas, ainda assim, é triste, lamentável, vergonhoso, que "apóstolos" e "bispos", inclusive presos e processados, vão "representando" os evangélicos.
O que está se formando no Brasil é outra coisa diferente de uma igreja evangélica, bíblica, saudável, séria. Conheci na África do Sul a igreja zionista (nada a ver com o movimento pró-Israel), um sincretismo de igreja cristã com religião animista de invocação dos ancestrais. Não se podia dizer que eram realmente cristãos, tal a quantidade de elementos estranhos, pagãos, misturados na sua teologia e prática. É a mesma coisa que está acontecendo aqui no Brasil com estas igrejas neopentecostais. Não tenho a menor idéia onde isto vai parar, mas uma coisa eu sei: a não ser que haja uma profunda interferência da parte de Deus, um movimento de purificação e reforma, dias difíceis estão por vir aos que ainda aderem ao Evangelho puro e simples da graça.
Fonte: http://tempora-mores.blogspot.com

LULA, DILMA, CRIVELLA, A “BISPA” SÔNIA E O “APÓSTOLO” HERNANDES JUNTOS! MEU DEUS!!!

Reinaldo Azevedo

A ministra da Casa Civil e pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, é amiga de Jesus desde criancinha. Mesmo quando ela integrava a VAR-Palmares, era em Deus que pensava. Tanto é assim que a sua organização antecipou o despacho de algumas pessoas para o céu. Uma delas, por exemplo, era só um correntista de banco. Estava ele lá, feito Inês de Castro, coitadinho!, no sossego dos seus anos, sacando um chequinho no caixa, e eis que chegou um Anjo — futuramente indenizável como perseguido pela ditadura… — de arma na mão para expropriar o banco em nome do povo. E “pimba!”. Lá foi o pai de família morar ao lado de Jesus! Carlos Minc participou dessa operação. Hoje ele acha um absurdo que algumas pessoas matem árvores e minhocuçus. E Dilma continua amiga de Jesus! O mundo é mesmo pândego.

Por que isso? Vejam que foto histórica esta publicada no Estadão Online. Lula instituiu ontem o Dia Nacional da Marcha para Jesus. Participaram da cerimônia, realizada no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), o presidente da Câmara, Michel Temer; o senador e “bispo” Marcelo Crivella (PRB-RJ), sobrinho de Edir Macedo, dono da Igreja Universal,;a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e o casal da Igreja Renascer Sônia e Estevam Hernandes. Crivella é este que aparece à esquerda, contraindo os olhos enquanto entra em conexão, suponho, com o Espírito Santo. Nunca entendi por que certos religiosos, de qualquer denominação, quando julgam entrar em contato com a Pomba Sagrada fazem essa cara.

Há quem faça coisas ainda mais estranhas. É o caso da “bispa” Sônia e seu marido, o “apóstolo” Estevam. Quando o Espírito Santo está presente, eles desandam a falar línguas estranhas. Mangabeira Unger perde feio. Não sei como se contiveram ontem. Estevam é essa cabeleira grisalha em primeiro plano; Sônia está à sua direita, a cabeleira castanha. Dilma é aquela com ar beato. A foto não deixa de ser um bom retrato do Brasil.

O casal da Renascer acaba de sair da cadeia nos Estados Unidos e já participa de uma solenidade ao lado de Lula e de sua candidata. Não sei se vocês estão lembrados: a dupla tentou entrar naquele país com dólares que não tinham sido declarados, escondidos na capa de uma Bíblia. O leitor cético dirá que estão todos entre iguais. Afinal, a “bispa” e o “apóstolo” apenas portavam “recursos não-contabilizados”. Ademais, em matéria de dólares ilegais, ninguém é páreo para o pagamento que a campanha de Lula fez a Duda Mendonça no exterior.

Ah, sim: o leitor logo pergunta: “Por que as aspas em ‘bispa’ e ‘apóstolo’?” Porque é como eles se autodenominam, entendem? A palavra “bispa” é uma licença quase poética, além de ser uma brutal licença religiosa. Um feminino aproximado para tal função seria “episcopisa”. Imaginem: “Episcopisa Sônia Hernandes”!!! Já o “apóstolo” é coisa realmente séria. Apóstolos, originalmente, eram 12. Missões divinas dadas a Paulo e Barnabé também permitem que os chamemos assim. Pronto! 14 ao todo! Até a chegarda de Hernandez, o 15º elemento. Todos os apóstolos tiveram contato direto com Jesus — logo, supõe-se ser esse o caso do marido da “bispa”. Quatro coisas são privadas dos apóstolos:- recebem missões diretamente de Jesus;- podem pregar a todos os povos;- são dotados de infalibilidade;- sua jurisdição episcopal é universal; sua igreja é o mundo!Alguns, nem todos, também operam milagres. Parece ser esse o caso de Hernandez. Que eu saiba, em nenhuma outra denominação neopentecostal alguém se colocou tão pertinho de Jesus Cristo.

A Justiça americana liberouo casal para voltar ao Brasil no dia 1º de agosto, 15 dias antes do prazo, par visitar o filho, Felippe Daniel Hernandes, conhecido pelos fiéis como Bispo Tid, internado na UTI em razão de complicações decorrentes de uma cirurgia para redução de estômago. Segundo o Hospital Oswaldo Cruz, ele teve complicações neurológicas de origem metabólica.

Sônia e Estevam, que sempre oraram pelo filho, prometeram orar por Dilma também.

PS - Vocês prometem fazer apenas comentários que nos abrirão as portas do Paraíso?
Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Confundindo Ministério com Palco

Carlos Sider

Imagine o que aconteceria se o apóstolo Paulo considerasse que parte – apenas parte – de seu “sucesso” ministerial fosse devido a sua oratória. Já pensou nos conselhos que daria a Timóteo e Tito, recomendando-lhes que desenvolvessem “uma boa lábia”?
Imagine os resultados se Pedro comentasse com seus companheiros que, modéstia à parte, sua pregação no dia de Pentecostes “foi mesmo um marco na história do evangelismo”. Daria para imaginar Pedro negando-se a seguir para Antioquia por conta de sua agenda atarefada pelos muitos convites que teria de atender como evangelista?
Imagine o que seria se Daví se vangloriasse de sua performance como músico e poeta. Passaria pela sua cabeça Daví pedindo sua harpa para curar seu primeiro filho com Bathseba, e dizendo que sua música era “tiro-e-queda”, e já que havia sido capaz de acalmar Saul sua música curaria também seu filho?
É verdade que eles foram homens como nós, sujeitos as mesmas paixões e tentações. É até razoável imaginar que eles devem mesmo ter tido seus momentos em que “se acharam” mais do que eram. Não pensar assim nos leva a tê-los como super-homens, e isso não nos ajuda em nada. Eles foram gente de carne e osso como eu e você.
Mas tenho para mim que eles se resolveram bem. Eles, cada qual a seu modo, foram trabalhados por Deus, seja por espinhos na carne, seja por galos cantando, seja por filhos rebeldes. Se alguma vez tentaram chamar para si o comando foram confrontados pelo dono da obra.
Agora eu o convido a dar uma volta pelos nossos dias. A cada região para onde sigamos, rapidamente saberemos quem é o pastor da moda, qual é a igreja da moda, e qual é o grupo musical que “é massa”, que arrasta uma pequena multidão por onde vá se apresentar. E entenda-se: pastor bom é pastor que prega bem, não aquele que cuida de almas; igreja da moda é igreja grande, com um programação bem legal, não uma igreja que necessariamente viva a Cristo; e o tal grupo musical é um bom “contratipo gospel” das bandas que tocam nas rádios, pouco importa a vida que tenham.
São ministérios? Sim, são. Sérios? Podem ser, dependendo da seriedade dos ministros. Mas são ministérios que estão sob os holofotes.
Ah... e onde estão os ministérios de visitação aos doentes, os de oração, os de serviço, os de cuidado pastoral? Estão onde sempre estiveram – no coração de seus ministros e via-de-regra longe da vista do público, longe dos holofotes.
Mas qual deles está mais perto do coração de Deus?
Eu já aprendí - creia-me, a duras penas - que Deus não tem ministérios preferenciais. São todos necessários e Ele os distribui como quer, a quem quer, da forma e na hora em que deseja. E também aprendí – a ainda mais duras penas – que Deus não está “nem aí” para os ministérios, mas está “todo aqui” para com o coração do ministro. Deus se relaciona conosco, não com nossos ministérios, afinal convenhamos, Ele nem precisaria de nós para fazer o que deseja. Se nos usa é porque investe em nós, seus filhos, sua família.
E quando falo das “duras penas” é porque justamente meu ministério sempre foi um desses que chamo de “ministérios de palco”. Desde que me conheço por gente estou envolvido com música, com letras de música, com o uso da palavra, seja escrita, falada ou cantada. É assim que Deus me usa para falar das Suas coisas.
Costumo dizer que os “ministérios de palco” trazem a quem com eles se envolve um desafio sempre presente, grande e constante: o de separar o ministério do palco, embora ele aconteça justamente lá, no palco.
É de um palco que o pastor prega, é de um palco que alguém canta e toca. E vale lembrar que o palco não é nada. O que o faz maior ou melhor não é seu tamanho, sua altura, sua acústica ou a qualidade do microfone que lhe dão. Pouco importa se é um palco de verdade ou um Cd gravado, um espaço na internet, um livro publicado, ou algum outro tipo de “palanque”. O que lhe dá importância e peso é a arena – o público que se reúne em torno dele.
Alguma igreja tem batalhões de jovens querendo se envolver no ministério de oração? Dúzias de pessoas dispostas a visitar doentes no hospital? Dezenas de pessoas dispostas a fazer parte da escala de serviço, que inclue varrer chão, lavar louça, fazer café, carregar cadeiras? Gostaria de conhecer uma...
Mas sou capaz de adivinhar que sua igreja tem um verdadeiro batalhão de pessoas querendo se envolver no ministério de louvor (leia-se, querendo tocar ou cantar em uma das bandas). Acertei? É mesmo?
Palco. Arena. Público. Estar em evidência. Ser admirado. Dar um show. Mostrar capacidade.
Quem não quer?
Deus não quer!
Ele quer que o coração de quem está no palco seja o mesmo coração de quem chega duas horas antes de todos para sozinho arrumar as cadeiras. Quer o mesmo coração de quem abraça um mendigo para lhe transmitir carinho da parte de Deus.
Este é o desafio. Estar no palco como quem faz uma visita solitária no hospital. Onde por vezes só Deus é testemunha. Pois Deus é o único público que realmente importa agradar. Estar no palco como quem está lá com o salão vazio, sem arena humana, mas com a presença do “público de um”. Com o devido e desejado endosso divino.
Quem canta bem ouve elogios do público? Ouve. Quem prega ouve comentários positivos das pessoas de como sua mensagem foi eficaz? Ouve. Quem toca e canta bem é chamado para gravar um CD? É, mais cedo ou mais tarde. Estes são os frutos do palco. São bons. São deliciosos! Mas duram pouco, muito pouco. E costumam não vir quando você os procura (e Deus sempre tem algo a ver com isso).
Entretanto, quem toca e canta bem, quem prega bem, estando no palco mas com o coração aos pés da cruz, ouve elogios de Deus. Segue ouvindo elogios e comentários do público, é certo, mas aprende a devolve-los a quem pertencem de direito: a Deus – o dono da obra. E Ele administra os frutos do ministério, dando-nos a conhecer, de vez em quando, algo do que anda fazendo através de nós. É bom, é delicioso, muito mais do que os frutos do palco. Os frutos do ministério são eternos.
E você me pergunta se aprendí a fazer isso? Se na teoria sim, na prática sigo tentando, praticando. É duro. É difícil. Creio que não é algo como um obstáculo que se vence e jamais o vemos. Creio que é vencer o de hoje, pois os de amanhã estão logo à frente, passada aquela curva... basta um pouco de distração e...
Quem ama o palco e lhe dá o nome de ministério está brincando com fogo. Na melhor das hipóteses o fará por suas próprias forças. E cedo ou tarde experimentará o peso da mão do dono dos ministérios.
Mas quem de fato ama a Deus e Dele recebe um ministério, seja ele de palco ou dos bastidores (pois pouco importa), segue na maravilhosa e eterna estrada onde caminha quem agrada a Deus e é usado por Ele.
Fonte: http://www.provoice.com.br

O Sincretismo Evangélico

Antonio Carlos Barros

"Muita paz têm os que amam a tua lei" (Salmo 119.165) Um dos grandes trunfos do movimento evangélico no Brasil era o de acusar as outras religiões e seus seguidores de sincréticos e por causa disto, perdidos e condenados a fogueira eterna. O evangélico sempre viu e continua vendo os outros como pessoas irremediavelmente perdidas. Pessoas dignas de pena, de compaixão. Existia sempre um ar de superioridade no rosto do evangélico. Como isto tem mudado!

O meio evangélico tem sido bastante fértil em produzir o seu próprio sincretismo. É, reconhecemos, um sincretismo mascarado de piedade, fervor, unção. A prática evangélica atual não a autoriza a condenar os outros, longe disto. A prática evangélica é hoje totalmente relativa e suscetível aos ditames do marketing religioso. A opressão do "fazer a igreja crescer" levou os pastores, líderes e crentes, de uma maneira geral, a abrir mão dos conceitos e princípios expostos nas Sagradas Escrituras.

Nada disto é consciente (pelo menos eu acho que não é). Tudo é subliminar. Citemos alguns exemplos. Ungir com óleo, que é uma recomendação bíblica no caso de uma enfermidade, ou no cerimonial judaico, tornou-se hoje uma coisa banal. Pessoas são ungidas para as mais diferentes coisas. Seja por uma simples dor de cabeça, ou para arrumar emprego, ou para ter o marido de volta, ou para zerar o saldo devedor no banco.

Outros exemplos: Deixar a Bíblia aberta no Salmo 91 para que ladrão não roube a casa; freqüentar qualquer coisa relacionada com o número sete: sete semanas da oração poderosa, sete correntes da libertação e por aí vai.

O crente hoje é quase que uma pessoa ignorante das verdades bíblicas, das doutrinas evangélicas, dos princípios do Reino de Deus, dos valores e éticas cristãs. O crente de hoje é quase que um analfabeto quando o assunto é fé, justiça, misericórdia, salvação, missão. Se o apóstolo Paulo afirmou que o justo vive pela fé, hoje é difícil descobrir qual a motivação vivencial do crente. Ele vive por causa do quê?

Antes de acusar os seguidores das outras religiões como ignorantes, reflita sobre a sua própria prática cristã. Isto vai lhe fazer bem e lhe conceder autoridade para evangelizar o outro.

"Senhor, firma os passos na tua palavra, pois ela me liberta"

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Cristo Salva

Ricardo Gondim

Jesus pode salvar televangelistas, pastores, apóstolos e bispos. Ninguém deve considerar os famosos pelegos da fé irremediavelmente perdidos. Cristo salvou Nicodemos, Zaqueu, Saulo de Tarso. Todos são amados de Deus, inclusive pilantras paramentados. Os cínicos de colarinho clerical também podem herdar o Paraíso. A pergunta é: como?

Salvação chegará à casa do religioso que se dispor a calçar as sandálias do pobre. Os palavrórios idealizados se esvaziariam caso os sacerdotes fossem obrigados a esperar por atendimento, sentados nos bancos duros dos ambulatórios médicos públicos.

Será que os evangelistas engravatados imaginam o drama de uma mãe solteira, negra e sub-empregada? A dor de não achar uma creche para deixar o filho e poder trabalhar? Qual deles estaria disposto a viver, só por um mês, a sorte de milhões de pais que enterraram o filho em uma cova rasa? Quantos já viram a familia dormir com fome? Será que imaginam o beco sem saída da exclusão social?

Tratam a sorte de tantos levianamente. Dá para suspeitar que embarcaram no carreirismo religioso só para escapar da marginalização econômica.

Cristo salva o pastor que for sensível com os que se angustiam nas seções de hemodiálise; junto com famílias que aguardam transplante de pulmão; nas clínicas de fisioterapia, onde mutilados e paraplégicos re-aprendem a andar; nas Unidades de Tratamento Intensivo dos hospitais infantis, onde crianças cancerosas precisam ser amarradas para receber quimioterapia.
Os que vivem da grandiloquência do discurso dogmático podem ser resgatados caso aprendam a solidarizar-se com refugiados de guerra ou de desastres; se souberem valorizar o esforço dos Médicos sem Fronteira, que cuidam dos miseráveis em Darfur.

Enquanto os sacerdotes tagalerarem doutrinas que, no máximo, produzem prosélitos, condenam a si e os seus seguidores a um inferno duplamente aquecido.

Jesus pode libertar os televangelistas, mas é necessário que eles tenham escrupulos de não expoliar os moto-boys que arriscam a vida para ganhar um salário minguado; as empregadas domésticas que se submetem aos caprichos da madame da classe média; os carvoeiros que vivem na boca de fornalha para fazerem o carvão do churrasco do restaurante de luxo; as enfermeiras que enfrentam plantões insones.

Se continuarem a propagandear superstições ilusórias, não passam de cegos guiando outros cegos rumo ao abismo. Deles é o Reino do Mofino.

Entretanto, Deus não tem prazer na perdição dos sacerdotes. O Senhor insiste: "Eis que estou à porta e bato"; "O juízo começa pela casa do Senhor".

Ofereço meu conselho para quem se diz ungido: arrependa-se e volte para Deus, que é rico em misericórdia. Você precisa ser salvo.

Soli Deo Gloria

quarta-feira, 29 de julho de 2009

OVELHAS SEM NOME

Marcos Martins Dias
“..., as ovelhas ouvem a sua voz, ele chama pelo nome as suas próprias ovelhas...”
Jo. 10. 3

O movimento evangélico brasileiro tem experimentado grandes mudanças ao longo das últimas décadas, expandindo-se e multiplicando-se cada vez mais, ocasionando o surgimento de igrejas que congregam milhares de pessoas em um mesmo lugar e constroem templos de grandes proporções de arquiteturas cada vez mais avançadas e mecanismos de comunicação de última geração, além de líderes que se destacam pelo forte esquema de segurança que os cercam e por sua rápida ascensão dentro e fora da igreja.

Creio que não é possível fazer algum tipo de análise deste fenômeno religioso sem causar algum tipo de polêmica; entretanto, mesmo conhecendo a situação a que me exponho, embora não me proponha a aprofundar no assunto, não há como negar que tais mudanças são sempre acompanhadas de privilégios e responsabilidades e, assim como se multiplica o número de fiéis, tudo o mais que está relacionado a eles tende a seguir o mesmo curso.

Dentre estes fatores que merecem destaque, busco conciliar o perfil de pastor e ovelhas descrito por Jesus e a realidade que se constata em grande parte dos movimentos que conquistam a simpatia de um “público” crescente em decorrência da “força” que demonstram por “talentos” que se destacam e “fãs” que se multiplicam e se confundem entre os que ainda preservam as características de legítimos adoradores e seguidores do Filho de Deus, o qual foi confiado aos cuidados de um simples carpinteiro.

Sem me opor, absolutamente, ao avanço numérico e qualitativo dos que, verdadeiramente, experimentam o novo nascimento, observo e concluo que temos lidado com muitas ovelhas “sem nome”, sem pastor(es), amontoadas numa plateia que faz brilhar os olhos dos que as conduzem.
Obviamente que elas tem nome, personalidade, necessidades, problemas que só podem ser conhecidos num relacionamento dissociado do ajuntamento de grandes multidões. Mas, como resgatar aquele pastorado enfatizado por Jesus onde Ele é conhecido assim como conhece Suas ovelhas?

Creio que isto não se constitui em alerta apenas para nós pastores mas, para aqueles que se ajuntam aos montes e se satisfazem com o relacionamento superficial, com experiências pontuais ocorridas nos “espetáculos” que se multiplicam a pretexto de adoração a Deus.

Isto não deve soar como um desabafo de algum pregador frustrado mas, como uma séria preocupação com a necessidade de nos relacionarmos mais como ovelhas que tem uma identidade conhecida dentro e fora dos portões de uma igreja, cujos pastores conhecem assim como também são conhecidos.

Que este arrazoado sirva para nos aplicarmos a uma séria reflexão.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Fé em Deus ou Fé na Fé?

Jean Carlos Serra Freitas

Muitos Cristãos sinceros estão sendo influenciados por feitiçaria. O antigo evangelho da cruz parece não ter mais valor. Os princípios bíblicos de humildade, de serviço, de submissão e contentamento em Deus estão em declínio há mais de duas décadas. Quão doces são as palavras do salmista quando declara no belíssimo Salmo 73.25: “Quem mais tenho eu no céu? Não há outro em quem eu me compraza na terra.”Por meio de mensagens pregadas, por meio de músicas ou livros, um falso e satânico ensino tem sido difundido no meio evangélico. E a mensagem positivista, triunfalista, tão em moda hoje, está muito mais próxima da feitiçaria do que com os ensinos da Santa Palavra de Deus.
As melhores mensagens dos dias atuais são as mensagens positivistas ou motivacionais. Muitos pastores atualmente ganham muito dinheiro falando para empresários. Mas não é o evangelho que é pregado entre os empresários e outros segmentos. A mensagem é motivacional. É para que seus ouvintes trabalhem mais empolgados, na certeza de que, usando certas técnicas, se tornem homens e mulheres mais prósperos. Enfim, é um ensino de como ganhar dinheiro, sucesso e felicidade na vida, empregando técnicas que, supostamente, extraíram da Bíblia.
O grande chamariz é o sucesso! Exemplos como “Vida Vitoriosa; Uma vida com Propósito; Venha ser Feliz; Despertando para o Sucesso; Nascido para Vencer; Conquistando o Sucesso; Culto da Vitória; Culto do Poder; O Poder da Oração”, são mensagens bem típicas dos nossos dias. E a palavra de ordem é que você pode ser feliz, seguindo certas técnicas!
A maioria das modernas técnicas motivacionais usadas pelos animadores de auditório encontra sua raiz num homem chamado Napoleon Hill, adepto da feitiçaria e que, atribuiu seu trabalho a “Escola de Mestres”, que, segundo Hill, eram espíritos guias! Eis aí a base da motivação dos dias atuais, ou seja, ensino de demônios!O Apostolo Paulo nos advertiu quanto a esse engano quando escreveu a Timóteo, alertando-o contra tais ensinos: “Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios.” (1 Tm 4.1).
Antigamente dizia-se que o pecado fundamental da humanidade era o orgulho, entretanto, hoje, temos o maior dos males na baixa auto-estima, e o sucesso poder facilmente resolver este problema!
A Igreja deveria rejeitar tais ensinos e seus divulgadores!A Igreja deveria firmar os passos na Palavra de Deus que ensina outro comportamento: “Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos exalte.” (1 Pedro 5.6).
A cruz santifica a vida do Cristão porque nos mostra o quanto somos pecadores e devedores a Deus e, ao mesmo tempo, enche o coração do verdadeiro cristão de santa alegria, pois sabe que não foi por merecimento pessoal, portanto, recebe com muita alegria o fato de ter Cristo, morrido por nossos pecados. Está é a verdadeira fé que vence o mundo! (1 João 5:4)

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Sergipe Comemora Sesquicentenário da IPB


No dia 18 de julho, presbiterianos de Sergipe reuniram-se em Aracaju, capital do Estado, e juntos celebraram os 150 anos da IPB.

Segundo o rev. Jáder Borges, executivo da comissão organizadora do Sesquicentenário, caravanas de diversas regiões fizeram-se presentes, demonstrando assim a mobilização e envolvimento dos irmãos nessa iniciativa. O Teatro Tobias Barreto ficou completamente preenchido.
Um grande coral, formado por membros de diversas igrejas do Estado, entoaram cânticos de adoração ao Senhor. A mesa do Supremo Concílio da IPB foi representada pelo rev. Cilas Cunha Menezes, vice-presidente do SC.
O pregador do culto foi o rev. Hernandes Dias Lopes, e o pastor, baseado na passagem bíblica de Is. 44 1-3, afirmou sua crença por um avivamento na IPB e incentivou os presentes a buscá-lo com oração, humildade e desejo. Também abordou como o Deus Todo-Poderoso pode derramar água aos sedentos e preencher suas vidas, usando-as para a glória do Seu nome.
O rev. Jáder destaca também o envolvimento dos presbitérios na organização do evento, e a campanha de divulgação nos dias que antecederam o culto.
Esse dia marcante para a vida da IPB e dos presbiterianos de Sergipe foi compartilhado também com a presença dos irmãos de Maranhão, Pernambuco e Alagoas.
Números do evento (dados enviados pela equipe de organização) Dos 76 municípios sergipanos, há trabalho presbiteriano em 39, dos quais 37 se fizeram presentes.
Destaca-se o envio de 11 ônibus, sob a liderança do decano rev. Hercílio da Costa Araujo e rev. Edson Teixeira, presidente do Presbitério Filadélfia.
Registra-se o decisivo apoio do Presidente do Sínodo rev. Ronildo Farias dos Santos, rev. Neemias Araujo de Carvalho e do presb. Laércio Lopes de Oliveira na organização do evento.
Registro de gratidão ao rev. Hernandes Dias Lopes conferencista da noite. Ao rev. Cilas Cunha Vice-Presidente do SC/IPB e ao rev. Jader Borges, Secretário Executivo da Comissão para o sesquicentenário. Ao rev. Roberto Brasileiro pelo irrestrito apoio empenhado.

Confira as fotos desse e dos demais cultos pelos 150 anos da IPB na galeria de fotos do Sesquicentenário:http://picasaweb.google.com.br/150anos
"Amigos não esqueçam de olhar no final da pagina, as postagens antigas e deixar seu comentário ou recadinho."