segunda-feira, 27 de abril de 2009

Telenganadores e Telenganados

Ciro Sanches Zibordi

O triunfalismo e a teologia da prosperidade continuam sendo usados para enriquecer telemissionários, teleapóstolos, telebispos e telepastores (que não pregam o evangelho de Cristo, poder de Deus para salvar os pecadores), os quais (aqui e na outra América) estão na mídia 24 horas por dia enganando os teleincautos.

Sabe qual é a telenovidade? Os telenganadores estão cobrando por mensagens enviadas ao celular dos telenganados! A moda agora é vender “palavras de vitória” por R$ 0,10. Parece pouco, mas imagine milhões de pessoas recebendo pelo menos cinco mensagens por dia!

O problema é que os teleagraciados, quando se cansam das mensagens triunfalistas — do tipo auto-ajuda barata —, encontram grande dificuldade para se livrarem da assinatura... Realmente, os telenganadores sabem explorar muito bem o lado interesseiro do ser humano (Jo 6.60-69) e sua ingenuidade.

Por que a maioria dos telepregadores não pregam o verdadeiro evangelho de salvação? Porque não querem perder a sua fonte de lucro. Eles têm como motivação o dinheiro e a fama; e por isso fazem qualquer negócio (2 Co 2.17). Valendo-se de palavras fingidas, como diz a Palavra de Deus, são capazes até de negar aquEle que os resgatou (2 Pe 2.1-3; Ef 5.5; 1 Tm 6.8-10).

Infelizmente, como disse o Senhor, nos tempos do Antigo Testamento, “... andam enganando o meu povo, dizendo: Paz, não havendo paz... Vós me profanastes entre o meu povo... mentindo, assim, ao meu povo que escuta a mentira” (Ez 13.10-19). Enfim, só há telenganadores por que existem muitos teledesconhecedores da Palavra de Deus. Na defesa do evangelho (de acordo com Filpenses 1.16 e Tito 1.10,11, etc.).

terça-feira, 17 de março de 2009

Darwin; evolução e bom senso

Mauro Clark

Um longo artigo na Veja dedicado a Charles Darwin, inicia dizendo: "As idéias revolucionárias do naturalista inglês... são os pilares da biologia e da genética e estão presentes em muitas áreas da ciência moderna. O mistério é por que tanta gente ainda reluta em aceitar que o homem é o resultado da evolução" (negrito meu). O artigo - ferino contra os que crêem numa Criação feita por Deus - é assinado pela jornalista Gabriela Carelli.

Um diagrama do próprio artigo informa (ou desinforma???) que no período pré-cambriano, iniciado há 4,5 bilhões, surge a bactéria unicelular, o organismo vivo mais antigo que se conhece.
Para o leitor criacionista, surge a pergunta óbvia: E como a ciência explica o surgimento dessa tal bactéria unicelular?
A jornalista ainda tenta argumentar: "A ciência não tem respostas para todas as perguntas. Não sabe, por exemplo, o que existia antes do Big Bang, que deu origem ao universo há 13,7 bilhões de anos. Nosso conhecimento só começa três minutos depois do evento, quando as leis da física passaram a existir”.
Em suma: ao mesmo tempo em que se admira pela recusa de muitos em aceitar que o homem veio de uma bactéria unicelular, a autora reconhece explicitamente que a ciência NÃO explica o surgimento da tal bactéria. Ora, se uma teoria não explica a ORIGEM da vida, como pretende pontificar sobre os desdobramentos dessa vida que não sabe como começou? Para mim, essa incoerência de pessoas tão afeitas à rigorosa “metodologia científica”, é que é um grande mistério.
Vou além. Se os evolucionistas não conseguem explicar a verdadeira ORIGEM das coisas, por que taxam de anticientíficos os que oferecem uma explicação? Quem crê na Criação divina não está indo contra a ciência. Apenas conseguiu se definir convictamente (por fé) num ponto em que os darwinistas não conseguem explicar com a sua adorada ciência. E se não explicam cientificamente, mas se limitam a imaginar um grande evento cataclísmico que explicaria tudo, também estão exercendo uma espécie de fé. Se o assunto vira questão de fé, onde está a propaldada atitude anticientífica dos criacionistas?
E Gabriela Carelli, criticando os criacionistas, ainda vem falar de bom senso, dizendo: “Manda o bom senso que não se misturem ciência e religião”.

Bom senso mesmo seria enxergar que ao adentrarem no terreno misterioso das especulações sobre o que ocorreu antes do tal Big Bang, os evolucionistas estão criando a sua própria religião.

Bom senso mesmo seria entender que, ao crerem no Deus único que criou e mantém tudo o que existe, os criacionistas NÃO estão misturando ciência e religião, mas lúcida e coerentemente subjugando a ciência nas mãos desse Deus.

Bom senso mesmo seria reconhecer que a explicação oferecida no artigo para o início da ciência é profundamente... anticientífica!

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Aleluia ou Aleluias?

Pergunta:

A pluralização da palavra ALELUIA. Muitos dizem ALELUIAS. Segundo alguns ensinos quando se pluraliza, associa-se à adoração a diversos deuses. Aguardo resposta. Obrigado.
Silva, B.Hte

Resposta:

Silva,
Tenho alguns conhecimentos da língua Hebráica e concordo com Silva quando disse “A pluralização da palavra ALELUIA. Muitos dizem ALELUIAS. Segundo alguns ensinos quando se pluraliza, associa-se à adoração a diversos deuses.. Obrigado. Silva, B.Hte”ALELUIA”
ALELUIA! Essa palavra é conhecida dos fiéis na cristandade. Alguns a clamam constantemente. No entanto, quantos sabem o que ela realmente significa? Trata-se duma palavra hebraica que significa “Louvai a Jah!”. É uma aclamação alegre e vigorosa ao Criador, cujo nome é Jeová (Senhor).
A palavra “aleluia” aparece com freqüência na Bíblia. Há muitos motivos para louvar a Deus. O Criador e Sustentador do vasto Universo. Salmo 147:4, 5; 148:3-6 Ele originou os ecossistemas que tornam possível a vida na Terra. Salmo 147:8, 9; 148:7-10 E tem um interesse especial pela humanidade.
Aleluia é uma transliteração da palavra hebraica הַלְּלוּיָהּ Halləluya em hebreu padrão ou Halləlûyāh em hebreu tiberiano, que significa “Louvem! Adorem! הַלְּלוּ Deus יָהּ”; ou “Ame הַלְּלוּ o Senhor יָהּ”.
Para a maioria dos cristãos, a palavra “aleluia” é uma palavra de elogio a Deus. O termo é usado 24 vezes na Bíblia Hebraica e 4 vezes na transliteração grega do Apocalipse de São João.
A palavra também é usada popularmente no sentido de “finalmente”.
Pluralizar aleluia é mesmo que mencionar aquele inseto que gosta de madeira, o cupim. Com muita humildade vamos falar Aleluia, andar na verdade.
Elizeu Gois

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

A carne barata das crianças palestinas

Reinaldo Azevedo
Certo! Pode-se afirmar que os militantes do Hamás só usam cadáveres de crianças como bandeiras porque, afinal, há cadáveres de crianças. Sem dúvida, em qualquer guerra, elas são as vítimas que mais chocam e constrangem. Mas o que os terroristas fizeram para poupá-las? Nada! Ao contrário! A carne das crianças palestinas, ou das crianças libanesas do Sul do Líbano, são as mais baratas do Oriente Médio. Os militantes do Hamás e do Hezbolhah, respectivamente, escondem-se em meio à população civil. A cada criança morta, um triunfo. A imprensa dos países islâmicos faz o uso esperado dos cadáveres. E a dos países ocidentais não fica atrás. A primeira investe no vitimismo; a segunda, na perversão humanista.A foto de uma criança palestina com lágrimas nos olhos vale por milhares de editoriais censurando Israel. O que sai do olhar treinado e estudado do fotógrafo assume as características de um flagrante. O que é uma escolha confunde-se com um registro objetivo da guerra. Imagens com essas características valem por perguntas: "Mas onde estão as criancinhas israelenses? Cadê os cadáveres dos infantes judeus?". Também induzem algumas respostas: "Sem elas, só se pode concluir uma coisa: trata-se de uma luta desigual! De uma reação desproporcional! Precisamos de mais cadáveres de judeus para que possamos, então, ser compreensivos com Israel".E o ato essencialmente imoral do terrorismo islâmico — mais um — perde relevo para a comoção. Mais eficientes do que os foguetes do Hamás, são os cadáveres das crianças palestinas. São bombas de efeito moral que explodem no território israelense e demonizam um país que só não foi extinto em razão da sua tenacidade — também a militar. "Ora, então Israel que evite a reação". É? E como agir, então, para conter o agressor? Reação proporcional?Reação proporcional? Deve-se levar isso a sério? Terão os israelenses de fabricar seus foguetes quase domésticos para jogar em Gaza ou no Sul do Líbano? Seria legítimo treinar homens-bomba, que morreriam, então, em nome de Iahweh? Devem os israelenses ser "proporcionais" também no nível de exposição de seu próprio povo à fúria do inimigo, de sorte que também possam exibir, com vitimismo triunfante, seus cadáveres pelas ruas, passando-os de mão em mão, numa espécie de catarse da morte?De fato, Israel não tem saída. A não ser lutar. A guerra de propaganda contra os adoradores de cadáveres, o país já perdeu. Resta-lhe fazer todos os esforços para não ser derrotado no terreno propriamente militar. É a sua contribuição do momento ao triunfo da civilização.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

A Televisão é o Meu Pastor

Fonte: http://cristo.at

Leia atentamente o Salmo 23, o salmo do bom pastor, e considere esta paráfrase do outro lado do Salmo 23, dentro de um contexto da televisão:

1. O televisor é o meu pastor e tudo me faltará.· Me faltará tempo – para ler a Bíblia e para orar; para brincar com meus filhos e ler para eles; para conversar com a minha família; para ter comunhão com meus irmãos e amigos.· Me faltará esperança – porque os noticiários me encherão de medo do futuro.· Me faltará amor – porque a violência do meu semelhante vai me incentivar a odiá-lo.· Me faltará fé – porque a minha mente estará alimentada por sentimentos de derrota, e os meus pensamentos estarão alimentados pelas circunstâncias.
2. Ele me induz a deitar-me sobre a poltrona da acomodação.· E eu fico preso, horas por dia, aos seus ensinamentos amaldiçoados.· Quando volto do trabalho, prefiro estar com ele a estar com a minha família, a visitar alguém, a ler ou a conversar.· Acho difícil me concentrar em reuniões da Igreja (são muito demoradas e maçantes), enquanto que diante da TV não vejo o tempo passar.· Enquanto o mundo “acontece” diante dos meus olhos, meu tempo de servir a Deus se escoa pelos esgotos imundos.
3. Ele me leva a beber águas poluídas e contaminadas.· Medito o dia inteiro no que vejo na TV – na injustiça, na pornografia, na violência, na corrupção, na crueldade.· Vivo entorpecido pelo engano do diabo, pelo pecado, pelo mundanismo e pela minha própria carnalidade.· Quando não tenho tempo de estar com o meu televisor, sinto saudades dele.
4. Minh’alma vive em tormento.· Não consigo viver por fé no que Deus promete, se o que “vejo” é tão contrário ao que a Palavra de Deus me diz.· Passo meus dias preocupado – com o futuro, com o dinheiro, com o suprimento.· Nem durmo bem à noite, nas poucas horas que o televisor me autoriza a dormir!
5. Guia-me pelos caminhos do pecado.· Ele apaga da minha mente o sentido da palavra santidade.· A porta larga é o caminho que estou escolhendo seguir porque acho o caminho estreito de Jesus algo ridículo (e intangível).
6. Ainda que eu visite a Igreja ou leia a Bíblia de vez em quando, mesmo assim, vivo cheio de medo.· Tenho medo de perder a saúde, o emprego, o dinheiro, a família.· Tenho medo de ser diminuído, desconsiderado, humilhado, criticado.· Tenho medo do dia de amanhã.· Tenho medo da vida; tenho medo da morte.
7. Porque não consigo desligar o meu televisor...· Todo primeiro dia do ano, prometo, a mim mesmo, que vou começar uma vida nova – com mais compromisso e responsabilidade pelo encargo de Deus.· Meu televisor não me permite cumprir as minhas promessas.
8. ...o seu domínio me atormenta.· Se agendo um compromisso, quando “converso” com meu televisor, ele me convence a esquecê-lo, em favor de uma de suas programações convincentes.· Invento qualquer desculpa para não perder nenhum capítulo dos seus seriados “picantes”.· Novelas me atraem, filmes me atraem, programas de humor me atraem, noticiários me atraem, programas de auditório me atraem.· E essa atração me domina completamente.· Estou praticando a mentira!
9. Quando me defronto com os meus inimigos, sinto-me impotente – e fujo deles correndo!· Não prego o Evangelho para ninguém, porque sinto vergonha de falar de algo tão “fora da realidade” como a Palavra de Deus.· Não sou capaz de orar por um enfermo. Afinal, se ele não for curado – como ficará a minha reputação? Mesmo porque, também não acredito que possa sê-lo!· Se vejo alguém com problemas, eu me calo. Afinal, não consigo vencer nem as minhas próprias lutas...; o que poderia falar a outros?
10. A unção de Deus me falta.· Se vou orar, não tenho assunto com Deus.· Tenho facilidade para reclamar e não encontro motivos para louvar a Deus.· Se passo por dificuldades, vejo milhões de gigantes, e me escondo de Deus.· Eu poderia chorar diante de Deus, mas me faltam lágrimas.· Não posso ajudar a ninguém, visto que também preciso sempre de ajuda.· Eu moro em um deserto e estou completamente seco.
11. Imoralidade, violência e vaidade certamente me seguirão todos os dias da minha vida...· Não sei o que posso fazer para mudar o curso da minha vida.· Desligar o meu televisor não posso – não conseguiria viver sem diversão e entretenimento.· Sinto que o meu futuro será como o presente: cheio de desânimo, incredulidade, resistências espirituais, maldições não quebradas e derrotas.· Minha “mesa” estará farta de comida podre – recheada de fezes!
12. ...e perderei o Reino do Senhor, padecendo horrores na tribulação longe da Casa do Senhor.· Não tenho motivação para fazer nada que corte a entrada do mundo, do pecado e dos conselhos de Satanás em minha casa.· Meu futuro está garantido longo do Reino. Mas isso não importa..., afinal, estou salvo. Não acho que o galardão seja tão importante assim...· Devo confessar essa palavra, crendo que sucederá: - O Reino virá, mas eu não farei parte dele, porque Deus disse que ele é para os crentes vencedores e eu sou um derrotado!

Oração de combate:“Senhor! Abre os olhos espirituais dos teus filhos, para que fechem a torneira da enxurrada do mundo em sua mente – ligada diretamente à fonte do propósito de Satanás: matar, roubar e destruir a comunhão, a adoração, a posição e a manifestação daqueles que têm sido chamados segundo o teu propósito!”

Visão, Amor pelo Perdidos e Disposição

Fonte: JMN/IPB

Para iniciar um trabalho missionário numa igreja, é necessário primeiramente que, aquelas pessoas interessadas em fazê-lo, se prontifiquem a compreender a vontade de Deus em relação ao assunto. Para isso, precisam ter a visão certa: a visão de Deus. Então podemos fazer algumas perguntas para entendermos melhor sobre essa necessidade.
- O que você sente no coração quando ouve alguém falar sobre as necessidades do mundo?
- Idéias novas e diferentes surgem em sua mente quando alguém lhe fala sobre missões?
- Você ora constantemente pelos missionários que estão no campo?
- Você tem influenciado outros para se envolverem com missões?
- Quando alguém compartilha contigo a respeito do seu chamado, você o incentiva a continuar?
- Você já mobilizou pessoas alguma vez a enviar uma oferta missionária para missões?
- Você gosta de participar de conferências, congressos, acampamentos que abordam o tema missões?
- Você envia periodicamente oferta para algum missionário no campo?
Deu para sentir que as perguntas acima apontam uma ligação inquebrável das três áreas necessárias na vida da igreja, para alguém iniciar um departamento missionário. Essas áreas são, na verdade, a essência do compromisso missionário que todo cristão deve ter no seu dia a dia, elas são:
VISÃO + AMOR PELOS PERDIDOS + DISPOSIÇÃO = M I S S Õ E S
Mais de dois bilhões e setecentos milhões de seres humanos, número que representa cerca de dois terços da humanidade, ainda não foram evangelizados. Sentimo-nos envergonhados da nossa negligência para com tanta gente; continua sendo uma reprimenda para nós e para toda a Igreja. Há, no momento, todavia, em muitas partes do mundo, uma receptividade sem precedentes para com o Senhor Jesus Cristo. Estamos convictos de que esta é a hora de as igrejas e outras instituições orarem fervorosamente pela salvação do povo não evangelizado e de lançarem novos programas visando a evangelização total do mundo.
(CONGRESSO INTERNACIONAL DE EVANGELIZAÇÃO MUNDIAL, Lausanne)
"E disse-lhes: Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura"
(Marcos 16:15).
As Boas Novas do Evangelho foram deixadas na terra por Jesus, para toda a raça humana. Por isso, devemos ir por todo mundo, e não apenas para algumas regiões. O "Ide" é imperativo e não opcional. Este é o nosso chamado como corpo de Cristo, é a nossa responsabilidade: ir e pregar o evangelho.
VISÃO -Olhar para o mundo sob a perspectiva bíblica. Saber que Jesus morreu por todos os homens. Conhecer as necessidades do homem e ter a verdadeira consciência sobre as responsabilidades conferidas a você para mudar tal situação.
AMOR PELOS PERDIDOS -Uma paixão desenfreada por aqueles que se perdem no mundo. Preocupação autêntica com as pessoas que ainda não foram alcançadas pelo evangelho. Sofrimento e dor quando ouve alguma notícia sobre a situação caótica da raça humana. Sente a responsabilidade de mudar a situação.
DISPOSIÇÃO - Levanta-se para fazer algo concreto em benefício das pessoas. Não mede esforços para trabalhar na casa de Deus. Está sempre alegre em saber que tudo aquilo que é feito para a obra de Deus é bom e satisfatório. Não importa o resultado imediato, o importante é que o nome do Senhor está sendo glorificado. Dispõe-se debaixo de uma vívida e empolgante responsabilidade para mudar a situação.
Visão = Conhecer a responsabilidade.Amor pelos perdidos = Sentir a responsabilidade.Disposição = Agir sob a responsabilidade.
Fazer missões é algo imperativo para o povo de Cristo. O "Ide" é uma ordem do próprio Senhor Jesus.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Pastores e Lobos; Ovelhas e Bodes

Isaltino Gomes Coelho Filho

Duas pessoas amigas me enviaram uma mensagem intitulada “Pastores e lobos”, mostrando as diferenças entre o realmente pastor e o que é um lobo e se aproveita do rebanho. Sei que as duas não quiseram me enquadrar como lobo. Elas me conhecem, sabem de minha vida ministerial, respeitam-me e damo-nos bem. Foi para uma reflexão necessária, e até um desabafo delas, com tantos aproveitadores.
A ambas, respeitosamente, disse que não via como carapuça, mas gostaria de mostrar outro aspecto. Gostaria que alguém escrevesse sobre “ovelhas e bodes”. Pois assim como há lobos disfarçados de pastores, há bodes mascarados de ovelhas. Ovelhas são dóceis, dão lã e seguem o líder. São úteis e boas de se trabalhar. Bodes dão marrada, cheiram mal, alimentam-se até de lixo, e embora tenham utilidade, são problemáticos. Não sou uma autoridade “bodal” e talvez falhe na análise do bode, mas peguei carona na palavra de um pastor que ofendido por um membro da sua igreja (chamam a isso de “confrontar”) que alegou que não tinha pastor, e que ele nunca fora um pastor para ele, respondeu-lhe calmamente: “Mas você não é ovelha; você é bode. Você dá marradas para não ser guiado”. Alguma autoridade em vida caprina poderá destacar as virtudes do bode, mas é neste contexto que falo.
Deus é testemunha do que falo: se eu fosse Deus (por favor, isto é retórica) não chamaria um sujeito como eu para o ministério. Não sou digno do ministério. Não estou só. Paulo não se achava digno de ser apóstolo. Perseguira a igreja de Deus. Eu não sou digno pelas minhas falhas. O pastor que me batizou, Pr. Falcão, em entrevista a uma finada revista denominacional, declarou, nos anos sessentas, na minha adolescência: “As minhas limitações me frustram”. As minhas me arrasam. Mas também uso as palavras de Paulo: “Pela graça de Deus sou o que sou”. E me escoro nas palavras de Deus a ele: “A minha graça te basta”. Pela graça de Deus sou pastor. Só por ela. Isto basta.
Mas e o bode? É aquele crente marrento, que pula de igreja em igreja, sempre criticando os irmãos. Sempre vendo defeitos nas igrejas. Sempre reclamando e nada fazendo para melhorar. É mestre em apedrejar. Não constrói. Chega a uma igreja e parece carro queimando óleo e com escapamento aberto. Faz um barulhão danado, mas andar que é bom, nada. Faz movimento, agita, tem seus projetos personalistas (o bode gosta de “eu” e “meu”, não de “nós” e “nosso”), tumultua, cria problemas, depois vai agitar em outro lugar. Não pára em igreja alguma. Pondo-se na balança o que ele fez de bom pesa menos que borboleta.
O bode é o crente não dizimista, que combate o dízimo, mas tem todas as soluções para a vida financeira da igreja. Que critica a liderança, mas não se qualifica para exercê-la. Que vê as falhas dos irmãos, mas não ora por eles, nem se solidariza nos momentos difíceis. Que se alheia e não se envolve. É assistente e não participante. Desfruta, mas não investe. Ovelha dá prazer. Bode traz dor.
Deus é testemunha. Peço diariamente que ele me torne digno de ser pastor. Sem falsa espiritualidade, já chorei pedindo-lhe que me faça uma pessoa melhor, um homem melhor, um pastor melhor. Minhas limitações me arrasam. Quero ser pastor, não lobo.
Cada ovelha deve pedir todos os dias a Deus que não a deixe ser bode. Que seja pessoa apascentável, e não elemento desagregador. Muito pastor dará contas a Deus de sua “lobice”. Isto me atemoriza. E muitas ovelhas darão contas a Deus de sua “bodice”. Se você se julga ovelha, seja uma ovelha, não um bode. E ore por mim e pelos demais pastores, para que sejamos PASTORES. E seja OVELHA.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

SOBRE PASTORES E LOBOS

Osmar Ludovico da Silva

Pastores e lobos têm algo em comum:
ambos se interessam e gostam de ovelhas, e vivem perto delas.
Assim, muitas vezes, pastores e lobos nos deixam confusos
para saber quem é quem.
Isso porque lobos desenvolveram uma astuta técnica de se disfarçar em ovelhas interessadas no cuidado de outras ovelhas.
Parecem ovelhas, mas são lobos.
No entanto, não é difícil distinguir entre pastores e lobos.
Urge a cada um de nós exercitarmos o discernimento para descobrir quem é quem.
Pastores buscam o bem das ovelhas,
Lobos buscam os bens das ovelhas.
Pastores gostam de convívio,
Lobos gostam de reuniões.
Pastores vivem à sombra da cruz, lobos vivem à sombra de holofotes.
Pastores choram pelas suas ovelhas,
Lobos fazem suas ovelhas chorar.
Pastores têm autoridade espiritual,
Lobos são autoritários e dominadores.
Pastores têm esposas,
Lobos têm coadjuvantes.
Pastores têm fraquezas,
Lobos são poderosos.
Pastores têm senso de humor,
Lobos levam-se a sério.
Pastores olham nos olhos,
Lobos contam cabeças.
Pastores apaziguam as ovelhas,
Lobos intrigam as ovelhas.
Pastores são ensináveis,
Lobos são donos da verdade.
Pastores têm amigos,
Lobos têm admiradores.
Pastores extasiam-se com o mistério,
Lobos aplicam técnicas religiosas.
Pastores vivem o que pregam,
Lobos pregam o que não vivem.
Pastores vivem de salários,
Lobos enriquecem.
Pastores ensinam com a vida,
Lobos pretendem ensinar com discursos.
Pastores sabem orar no secreto,
Lobos só oram em público.
Pastores vivem para suas ovelhas,
Lobos abastecem- se das ovelhas.
Pastores são pessoas humanas reais,
Lobos são personagens religiosos caricatos.
Pastor vão para os púlpitos,
Lobos vão para os palcos.
Pastores são apascentadores,
Lobos são marqueteiros.
Pastores são servos humildes,
Lobos são chefes orgulhosos.
Pastores interessam-se pelo crescimento das ovelhas,
Lobos interessam-se pelo crescimento das ofertas.
Pastores apontam para Cristo,
Lobos apontam para si mesmos e para a instituição.
Pastores são usados por Deus,
Lobos usam as ovelhas em nome de Deus.
Pastores falam da vida cotidiana,
Lobos discutem o sexo dos anjos.
Pastores deixam-se conhecer,
Lobos distanciam-se e ninguém chega perto.
Pastores sujam os pés nas estradas,
Lobos vivem em palácios e templos.
Pastores alimentam as ovelhas,
Lobos alimentam-se das ovelhas.
Pastores buscam a discrição,
Lobos autopromovem-se .
Pastores conhecem, vivem e pregam a graça,
Lobos vivem sem a lei e pregam a lei.
Pastores usam as Escrituras como texto,
Lobos usam as Escrituras como pretexto.
Pastores comprometem-se com o projeto do Reino,
Lobos têm projetos pessoais.
Pastores vivem uma fé encarnada,
Lobos vivem uma fé espiritualizada.
Pastores ajudam as ovelhas a se tornarem adultas,
Lobos perpetuam a infantilização das ovelhas.
Pastores lidam com a complexidade da vida sem respostas prontas,
Lobos lidam com técnicas pragmáticas com jargão religioso.
Pastores confessam seus pecados,
Lobos expõem o pecado dos outros.
Pastores pregam o Evangelho,
Lobos fazem propaganda do Evangelho.
Pastores são simples e comuns,
Lobos são vaidosos e especiais.
Pastores têm dons e talentos,
Lobos têm cargos e títulos.
Pastores são transparentes,
Lobos têm agendas secretas.
Pastores dirigem igrejas-comunidades,
Lobos dirigem igrejas-empresas.
Pastores pastoreiam as ovelhas,
Lobos seduzem as ovelhas.
Pastores trabalham em equipe,
Lobos são prima-donas.
Pastores ajudam as ovelhas a seguir livremente a Cristo,
Lobos geram ovelhas dependentes e seguidoras deles.
Pastores constroem vínculos de interdependência,
Lobos aprisionam em vínculos de co-dependência.

Os lobos estão entre nós e é oportuno lembrar-nos do aviso de Jesus Cristo:

“Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós disfarçados em ovelhas, mas interiormente são devoradores” (Mateus 7:15).

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Eu Prefiro não ser "Gospel"

Josué Campanhã

Há algum tempo participei como convidado de uma reunião de empresários “gospel”. A reunião durou uma hora e meia, mas depois de dez minutos minha vontade era sair correndo, enojado com o que estava ouvindo. Falou-se de tudo em termos de “negócios gospel”. Como atingir o mercado, como produzir produtos mais atraentes, como vender o público “gospel” para as empresas seculares, como oferecer vantagens aos pastores para que eles permitissem que os produtos fossem vendidos nas igrejas, e vai por aí afora.
Em momento algum ouvi algo sobre: como vamos causar um impacto com o evangelho no Brasil e no mundo; quantos novos missionários vamos sustentar com o lucro do negócio “gospel”; o que vamos fazer para ajudar as igrejas a buscarem um avivamento; como vamos tornar Jesus conhecido.Depois que saí da reunião sem dar o meu apoio àquele tipo de negócio, comecei a refletir. Quando não éramos o mercado “gospel”, comprávamos bíblias para ler e estudar, e não para colecionar. Comprávamos CDs pela profundidade das letras e espiritualidade dos cantores, e não pela fama dos artistas. Abríamos novas igrejas para alcançar os que não conheciam a Jesus, e não por causa de uma nova visão que causou divisão. Cada pastor estudava a Bíblia e ouvia o Espírito Santo para pregar a cada semana, e não simplesmente reproduzia a mensagem pronta recebida do seu bispo ou apóstolo.
No tempo em que não éramos “gospel”, pastor ainda era respeitado e podia comprar a crediário. Não tínhamos bancada evangélica, que segundo a imprensa, só gera escândalos. Não precisávamos de prêmios para artistas e escritores de sucesso ou para igrejas que se tornaram famosas. No tempo em que não éramos “gospel”, o show ainda se chamava louvorzão, não cobrava ingresso e não precisava de camarote vip para os artistas.Como diz um amigo meu: “e pensar que tudo começou com um jumentinho!”. Conseguimos transformar Jesus em “gospel”, “fashion” e “pós-moderno”, mas ainda não conseguimos traduzir a Bíblia para todas as línguas em que ela não existe, nem reverter a corrupção neste país, nem causar um impacto transformador na socidade.
Hoje os resultados da febre “gospel” mostram gráficos cada vez mais animadores para os empresários. No entanto, no tempo em que não éramos “gospel”, os resultados para o Reino eram mais consistentes. Nesta era “gospel” nos orgulhamos de ter milhares de igrejas e milhões de crentes, mas não nos envergonhamos da “corrupção gospel”. Nos orgulhamos por estar no rádio e na tv, mas não nos envergonhamos por termos diminuído o número de missionários no Brasil e no mundo. Nos orgulhamos de estar mais próximos aos governantes para orar com eles, mas não nos envergonhamos de que um avivamento ainda não aconteceu em nossa nação por falta de oração e quebrantamento da nossa parte.
Alguém pode dizer que tudo isto é saudosismo. Eu me considero um futurista, sem qualquer dificuldade para quebrar os tradicionalismos do passado. No entanto, eu penso e analiso gerações. E quando faço isto e tiro conclusões, eu vejo que a igreja evangélica brasileira se tornou grande e obesa, mas sem agilidade para provocar transformações. Ela corre o risco de girar em torno de si mesma.
Enquanto esta igreja gigante e cheia de potencial não acordar para um quebrantamento do Espírito, vamos nos encantar com nosso gigantismo, mas não seremos efetivos em nosso impacto. Eu prefiro não ser “gospel” no sentido em que esta palavra é usada hoje, mas sou de Jesus, creio num avivamento da igreja brasileira e sonho com o dia em que o Brasil será usado por Deus para um impacto missionário global.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

A CONFIANÇA EM AMULETOS!

Prof. João Flávio Martinez
Acreditamos que a fé das pessoas deve e tem que ser estimulada. Infelizmente, vemos que nessa tentativa certas igrejas estão usando um sistema não ensinado pela Bíblia. Sistema este cuja base é a troca da fé genuína, pela fé no visível e palpável. Nós, que somos protestantes, somos conhecidos por crer no Deus invisível e não aceitar o palpável (Jo 20.29). Como aceitar essa doutrina dos amuletos imposta por algumas denominações evangélicas? Cornetas, espadas, sal grosso, arruda, rosa, enxofre e muito mais. Isso tudo é inaceitável, visto não ter bases bíblicas e nunca ter sido praticado pela Igreja primitiva. Devemos ter em mente o nosso verdadeiro alvo, a fé viva em Deus, invisível, mas real (I Tm 1.17).
"...fitando os olhos em Jesus, autor e consumador da nossa fé..." (Hb 12.2).
Esse desvio de alvo tornou-se tão sério que as pessoas dessas igrejas precisam quase sempre de um objeto para que sua fé funcione.
Certo dia eu encontrei um irmão, amigo meu, que congregava em uma dessas igrejas. Nesse nosso encontro ele mostrou-me uma corneta e tocou bem forte. Após isso me perguntou:
- "Você sentiu?"
-"Senti o que?"
-"O poder", disse ele.
Demonstrei na minha fisionomia que não havia entendido nada e então ele explicou-me:
- "É uma corneta ungida e o Bispo nos disse que tem poder, poder tão forte que expulsa até demônios."
Chocado eu lhe expliquei que só no nome de Jesus havia poder para tal (Mc 16.17) e que eu não sabia que a igreja dele estava dando aquilo para seus membros. Ele, um tanto chateado, disse-me:
- "Dando não, eu paguei cem reais!".
Depois desse diálogo, disse até logo e fui embora. Relatei esse fato para mostrar que se não for feito nada a coisa não vai ficar boa.
Uma vez ou outra nos deparamos com estes amuletos dependurados nas casas de certos cristãos. Isso é lamentável!
Em outra ocasião fui chamado com urgência para acudir certa pessoa com problema de possessão - era a nora de uma irmã que freqüentava uma dessas igrejas. Ao chegar contemplei sua nora terrivelmente endemoninhada, mas o que mais me chocou não foi o estado de possessão em que se encontrava a moça e sim ao ver a irmã fazendo um exorcismo com um amuleto na mão. O amuleto era o chaveiro da denominação que ela freqüentava. Quando a indaguei sobre o que fazia, a mulher disse-me que o chaveiro era ungido e que o pastor tinha lhe dito que aquilo era poderoso até para expulsar demônio. Mostrei-lhe como era o certo e a aconselhei a jogar fora aquela "idolatria Evangélica".
O Senhor JESUS nos deu autoridade para expulsar o mal em seu nome, e não usar de amuletos e artimanhas. Não nos esquecendo que estes amuletos não são de graça, custam muito dinheiro e usurpam a glória de Deus.
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