Rev. Marcos Severo de Amorim
Nos dias de hoje, temos os espias presbiterianos que conseguem enxergar gigantes intransponíveis que se encontram em vários estados do Brasil e que são verdadeiras ameaças para os presbiterianos com o pretexto de não colocarem os seus pés nos lugares proféticos e destinados por Deus para os presbiterianos cheguem lá para anunciar o reino de Deus.
O medo da igreja e irmãos de se lançarem para o campo missionário esbarra nas dificuldades que lá existem. Muitos não gostam de enfrentar lutas para se estabelecer e desejam encontrar tudo pronto para não terem que lutar.
A resistência ao evangelho é apenas um entre tanto os desafios destinados a pregação do evangelho para os pecadores. Não quero entrar no mérito da falta de preparo e treinamento para os presbiterianos evangelizar em todos os estados, quero entrar na realidade existente em nosso País.
1º) OS GIGANTES NO BRASIL: Quando se preparava para plantar igreja em nossa região no nordeste do Brasil mais precisamente no Rio Grande do Norte, me alertaram que o povo era idolatra e não queria nada com o evangelho. Inicialmente, em nossa previsão, achávamos que se chegasse a duas ou quatro cidades e plantasse igrejas esse seria o nosso grande alvo a ser alcançado. Depois de alcançarmos em quatorze anos mais de quarenta cidades na minha região nordeste (RN e CE). Em uma reunião em São Paulo conversei com alguém ligado a missão da nossa igreja a respeito da região sul do Brasil, no objetivo de damos a devida importância para a plantação de igreja naquela região, e ouvi do amado que o sul era muito mais difícil do que no nordeste. A nossa conversa me intrigou e me fez pensar muito sobre o Rio Grande do Sul, o qual estive recentemente em um congresso de plantação e revitalização de igreja (CNE-IPB). Conversei com os gaúchos e percebi neles o desejo daqueles irmãos em plantarem novas igrejas no estado. Nomeei algumas dificuldades e facilidades ali existentes em comparação com o nordeste.
2º) GIGANTES CAUSAM MEDOS: Para entrar na “terra de Canaã”, isto é, nos “Ide por todo o mundo” lugares proféticos que o Senhor da Grande Comissão ordenou, eu me lembro dos dez espias (Nm. 13.33), que viram as grandes barreiras e dificuldades para entrar e ficar no local. Nomeamos as dificuldades que certamente inibem e barram os que desejam plantar novas igrejas: resistência ao evangelho, idolatria, incredulidade, analfabetismo, pobreza, riqueza, violência e vícios. Estes e outros motivos estão arrolados na situação do pecador e encaramos como os desafios naturais para os quais a igreja do Senhor Jesus foi convocada para anunciar as boas novas e anular o pecado e as suas mazelas, para libertar o homem da condenação do inferno.
3º) DESAFIANDO OS GIGANTES: Os dois espias que entraram na terra de Canaã (Nm. 14.6-7), não levaram em consideração as dificuldades ali existentes e trataram logo de obedecer a missão recebida de Deus. Na minha conversa com os gaúchos sobre o que seriam as grandes dificuldades para os irmãos presbiterianos do Rio Grande do Sul, fiz várias perguntas e eles me responderam: O povo é educado (a maioria alfabetizada), não recebem visitas de pessoas deliberadamente, a situação financeira é boa, quando assume um compromisso zelam em cumprir, a maioria tem ocupação de trabalho, são religiosos nominais e outras anotações. Fazendo uma comparação com o nordeste: O povo é pouco educado (a maioria não alfabetizado), recebe visitas de pessoas deliberadamente, a situação financeira é ruim, não assume compromisso, a grande maioria não trabalha, são religiosos nominais, superficiais e outras anotações. Eu fiquei pensando na região sul e reconheço que são diferentes do nordeste e nem entrei na questão cultural. No meu ponto de vista depois de analisar as pessoas que são evangelizadas no sertão, a grande maioria ouve o evangelho muitas vezes em várias visitas e em todas elas se comprometem em visitar a igreja e nunca elas vão. Pensando em todas as outras dificuldades que não é diferente do Sul eu creio que o Rio Grande do Sul esta pronto para a colheita (Jo.5.35).
Ainda bem que as dificuldades e desafios do Rio Grande do Sul são regionais, culturais e estruturais. Pela graça de Deus, o nosso País tem liberdade religiosa diferentes de outros povos, que não tem. No Rio Grande do Sul são 496 Municípios, 21 Municípios com a presença presbiteriana (igrejas e congregações), são dez cidades com a população acima de 100 mil moradores, um presbitério. Amando o Brasil, Alagoas, Piauí, Rio Grande do Sul, estados com pouca presença presbiteriana conclamo a todos os presbiterianos do Brasil para ORAR e CLAMAR a Deus na busca de ações concretas para estes estados. Eu espero que os anseios destes irmãos estejam alicerçados em um projeto: UM PROGRAMA DE PLANTAÇÃO DE IGREJA, UM PROGRAMA DE EVANGELIZAÇÃO PERMANENTE (AVANÇOS MISSIONÁRIOS E PLANOS DE EVANGELIZAÇÃO PESSOAL), UMA EXTRATÉGIA DE PÓLOS DE TRABALHO, UM ACOPANHAMENTO RESPONSÁVEL, PRESTAÇÃO DE CONTAS E UM ENVOLVIMENTO DOS GAÚCHOS. Eu creio dessa maneira que as orações e o envolvimento dos amados são fundamentais e com o desejo dos gaúchos de poder atender ao mandado do Senhor Jesus com certeza chegaremos lá. Esqueci de falar em DINHEIRO, esse não deve ser o problema (às vezes só gera problemas), ouvi de um amado Gaúcho que graças a Deus existem OS VALORES. Um dado interessante da pesquisa SEPAL: Região Sul: 15,77% de evangélicos e a região Nordeste: 10,76% de evangélicos.
Fonte: Jornal Avanço Missionário - Ano XIII nº 50
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