domingo, 17 de janeiro de 2010

A RESISTÊNCIA AO EVANGELHO (Nm 13.33)

Rev. Marcos Severo de Amorim
Nos dias de hoje, temos os espias presbiterianos que conseguem enxergar gigantes intransponíveis que se encontram em vários estados do Brasil e que são verdadeiras ameaças para os presbiterianos com o pretexto de não colocarem os seus pés nos lugares proféticos e destinados por Deus para os presbiterianos cheguem lá para anunciar o reino de Deus.
O medo da igreja e irmãos de se lançarem para o campo missionário esbarra nas dificuldades que lá existem. Muitos não gostam de enfrentar lutas para se estabelecer e desejam encontrar tudo pronto para não terem que lutar.
A resistência ao evangelho é apenas um entre tanto os desafios destinados a pregação do evangelho para os pecadores. Não quero entrar no mérito da falta de preparo e treinamento para os presbiterianos evangelizar em todos os estados, quero entrar na realidade existente em nosso País.
1º) OS GIGANTES NO BRASIL: Quando se preparava para plantar igreja em nossa região no nordeste do Brasil mais precisamente no Rio Grande do Norte, me alertaram que o povo era idolatra e não queria nada com o evangelho. Inicialmente, em nossa previsão, achávamos que se chegasse a duas ou quatro cidades e plantasse igrejas esse seria o nosso grande alvo a ser alcançado. Depois de alcançarmos em quatorze anos mais de quarenta cidades na minha região nordeste (RN e CE). Em uma reunião em São Paulo conversei com alguém ligado a missão da nossa igreja a respeito da região sul do Brasil, no objetivo de damos a devida importância para a plantação de igreja naquela região, e ouvi do amado que o sul era muito mais difícil do que no nordeste. A nossa conversa me intrigou e me fez pensar muito sobre o Rio Grande do Sul, o qual estive recentemente em um congresso de plantação e revitalização de igreja (CNE-IPB). Conversei com os gaúchos e percebi neles o desejo daqueles irmãos em plantarem novas igrejas no estado. Nomeei algumas dificuldades e facilidades ali existentes em comparação com o nordeste.
2º) GIGANTES CAUSAM MEDOS: Para entrar na “terra de Canaã”, isto é, nos “Ide por todo o mundo” lugares proféticos que o Senhor da Grande Comissão ordenou, eu me lembro dos dez espias (Nm. 13.33), que viram as grandes barreiras e dificuldades para entrar e ficar no local. Nomeamos as dificuldades que certamente inibem e barram os que desejam plantar novas igrejas: resistência ao evangelho, idolatria, incredulidade, analfabetismo, pobreza, riqueza, violência e vícios. Estes e outros motivos estão arrolados na situação do pecador e encaramos como os desafios naturais para os quais a igreja do Senhor Jesus foi convocada para anunciar as boas novas e anular o pecado e as suas mazelas, para libertar o homem da condenação do inferno.
3º) DESAFIANDO OS GIGANTES: Os dois espias que entraram na terra de Canaã (Nm. 14.6-7), não levaram em consideração as dificuldades ali existentes e trataram logo de obedecer a missão recebida de Deus. Na minha conversa com os gaúchos sobre o que seriam as grandes dificuldades para os irmãos presbiterianos do Rio Grande do Sul, fiz várias perguntas e eles me responderam: O povo é educado (a maioria alfabetizada), não recebem visitas de pessoas deliberadamente, a situação financeira é boa, quando assume um compromisso zelam em cumprir, a maioria tem ocupação de trabalho, são religiosos nominais e outras anotações. Fazendo uma comparação com o nordeste: O povo é pouco educado (a maioria não alfabetizado), recebe visitas de pessoas deliberadamente, a situação financeira é ruim, não assume compromisso, a grande maioria não trabalha, são religiosos nominais, superficiais e outras anotações. Eu fiquei pensando na região sul e reconheço que são diferentes do nordeste e nem entrei na questão cultural. No meu ponto de vista depois de analisar as pessoas que são evangelizadas no sertão, a grande maioria ouve o evangelho muitas vezes em várias visitas e em todas elas se comprometem em visitar a igreja e nunca elas vão. Pensando em todas as outras dificuldades que não é diferente do Sul eu creio que o Rio Grande do Sul esta pronto para a colheita (Jo.5.35).
Ainda bem que as dificuldades e desafios do Rio Grande do Sul são regionais, culturais e estruturais. Pela graça de Deus, o nosso País tem liberdade religiosa diferentes de outros povos, que não tem. No Rio Grande do Sul são 496 Municípios, 21 Municípios com a presença presbiteriana (igrejas e congregações), são dez cidades com a população acima de 100 mil moradores, um presbitério. Amando o Brasil, Alagoas, Piauí, Rio Grande do Sul, estados com pouca presença presbiteriana conclamo a todos os presbiterianos do Brasil para ORAR e CLAMAR a Deus na busca de ações concretas para estes estados. Eu espero que os anseios destes irmãos estejam alicerçados em um projeto: UM PROGRAMA DE PLANTAÇÃO DE IGREJA, UM PROGRAMA DE EVANGELIZAÇÃO PERMANENTE (AVANÇOS MISSIONÁRIOS E PLANOS DE EVANGELIZAÇÃO PESSOAL), UMA EXTRATÉGIA DE PÓLOS DE TRABALHO, UM ACOPANHAMENTO RESPONSÁVEL, PRESTAÇÃO DE CONTAS E UM ENVOLVIMENTO DOS GAÚCHOS. Eu creio dessa maneira que as orações e o envolvimento dos amados são fundamentais e com o desejo dos gaúchos de poder atender ao mandado do Senhor Jesus com certeza chegaremos lá. Esqueci de falar em DINHEIRO, esse não deve ser o problema (às vezes só gera problemas), ouvi de um amado Gaúcho que graças a Deus existem OS VALORES. Um dado interessante da pesquisa SEPAL: Região Sul: 15,77% de evangélicos e a região Nordeste: 10,76% de evangélicos.
Fonte: Jornal Avanço Missionário - Ano XIII nº 50

Nenhum comentário:

"Amigos não esqueçam de olhar no final da pagina, as postagens antigas e deixar seu comentário ou recadinho."